terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Minha querida avó


      Hoje que completas setenta e nove anos.
      Tens milhares de cabelos que nem um verdadeiro artista consegue contar, mas que por toda a tua beleza é bem possível se desenhar. Viveste dias e dias em árduo trabalho, de onde agora se reflete nas rugas que em ti empregas e delas que nunca te lamentas. Dez vezes estiveste grávida, dez vezes deste à luz e de dez vezes viste o teu esforço e sacrifício ser muito bem recompensado como da forma natural de uma humilde árvore que dá frutos, onde não se ficam aquém muitas outras alegres flores que conseguiste colher, cuidar, alimentar e permanecer até um infinito quotidiano dos dias. 
      Dizes que os estudos são importantes, eu acredito. E, apesar disso, tu não estudaste, todavia disso tanto eu como nós sabemos que não necessitas, uma vez que transportas em ti uma imensidão de ideias, pensamentos, histórias e lições que todos gostamos mais de ouvir. Por vezes, penso de onde vêm as palavras que de ti ouço, se da tua mente ou do teu coração, penso de novo, e vejo que são da tua alma e do teu corpo aprendiz pela experiência da vida que hoje está de parabéns! 
      Feliz aniversário com muitos beijinhos e abraços, 
      Do teu neto.

    sábado, 15 de novembro de 2014

    Coração de vidro

        

        Dizem em tempos que sou magro. Eu nunca sei bem o que responder, isso porque eu o sei, sempre soube e porque não haveria de o lembrar agora? Sou esguio, e daí surge muitas das vezes o igual para com o elegante ou para algo escasso e curto. E aí ... será que sei?
        Sei que sou proveniente de uma industria de vidro, onde das suas paredes já nascem flores sem sementes e folhas sem troncos. Tudo pelo facto de encarar o meu sangue como água numa jarra. Sou o fruto sem nascença de ramos.
        Surgi e vivo, enquanto não partir, pois vidro.

      sexta-feira, 14 de novembro de 2014

      Ser-se uma flor


        Se, às vezes, digo que sou uma flor,
        Não é porque me julgo inteligível de tomar,
        Nem natural, elegante ou exímio.
        Sou uma flor só porque vivo
        Num campo com magnólias em cima de bronze.

        E, onde em pontos se ficam por colher,
        De minha vontade digo que era igual eu querer ser,
        Porque são felizes por terem um certo viver
        Que lhes mostra aquilo que em algo mais efémero não poderia dizer.

        E, se em nós há um arruinar, terá de ser por arrancar
        Aquela toda fantasia, que enfim,
        Não se faz num melhor julgamento o que digo ...
        Ora se vive e vê, ora se tira e cessa.

        terça-feira, 4 de novembro de 2014

        Fraquejar dos ossos


          Principia-se por ser dia,
          O escuro emerge vagamente,
          A ter com cor fria
          O que se mal ouve ou sente,
          Que de situações o sorriso sofria
          Das ideias à palavra divergente.
          Todo o Ilídio que sonharia,
          A nenhum destinatário, mas, remetente
          Sem pedido ou ordem, havia.

          Engenho, de quem não sou, que inventei
          Aquilo quem nunca fui ...
          Que num provável nunca serei.
          Deste modo, habita-se a alma aqui,
          E o interior, que eu haverei
          De fazer os ossos que mui
          Me fraguejam e tornaram, algo que doerei
          Àquele fiel que persegui
          À agonia da qual malquerei!

          É da alma! A alma que tenho
          E de que tanto ter
          Já sem ela ... nem sei viver.

          domingo, 2 de novembro de 2014

          Naufrágio pelo velar


            Barco naufragado
            porque te levaste avante?

            Ó mar salgado, que raio abraçado
            em morte e escuridão fora doravante?

            Não colheis o fruto que erra
            Em alto mar, mas bóia.
            Não feito da pedra que afundeis,
            Pássaro antes que voa e pousa.

            A um infinito céu, defronte,
            Navega a solidão
            E como o fim do horizonte
            Fosse o princípio de emancipação.

            Com ou sem remos
            Razão a que chamais errar
            Não me erre em pensar
            Nem me falhe, mas Deus ...

            Sem ou com cascos
            Perdão sem partir de quem chamo enganar
            Que o que se me habita entristece
            Digo antes que me fortalece.

            De naufrágio que já de meio,
            fora rejuvenescido.

            quinta-feira, 25 de setembro de 2014

            Desligado da mente! Ainda em semente!

              Sinto-me como se
              Ouvido ou lido
              Nunca tivesse sido
              Nem visto ou retido.

              Todo o nada nas mentes
              Incapazes de certa compreensão
              Ou antes, poderosas forças
              de estupidificação.

              Essas que deixaram a força,
              Filtraram-na
              Pela luz que apenas ilumina o céu
              E a alma vagueia.

              Como se a noite amanha-se
              E o sol anoitece-se o céu que se estrela.

              quinta-feira, 11 de setembro de 2014

              Amor na água, na terra, no céu!


                Acende-se um dia e apresenta-se num nós, mais uma nova viagem, um novo, mas rotineiro, querer velar contigo, porque te quero, quero-te como um beijo de hoje eterno pelas letras, pelas vírgulas, pelos pontos, pelas palavras, pelos atos e pela alma, como um abraço que tem hoje por mensagens, como um coabitar do dia na essência de cada um, querer por querer é amar!
                Amar nem sei de onde, de como, de quando, mas de porquê. Sei que apenas tão intimamente a tua mão no meu peito é a minha mão, sei também que quando adormeço os teus olhos fecham-se, sei também por exemplo que me lês e agora imaginas que te falo ao ouvido, sei que lês não com a tua voz, mas da minha, porque simplesmente nós amamos!
                Amamos também aqueles dezoito anos daquela idade tão-somente estonteante, onde tudo e todos anseiam chegar e alcançar, viver e amar, mas sim porque nós sempre queremos.
                Amo-te da forma que a mim mais me diz, como este barco de duas mãos que se agita entre ondas e bonanças.
                Amo-te como aquelas árvores velhas pelo tempo, os ramos a crescerem muito tenramente, a madeira viva, a seiva, onde na terra faz todo o sentido em se amar, pois que as árvores assim são feitas ou assim do qual lhe vivem as raízes, corpo e alma!
                Amo-te ainda do motivo do ar, daqueles belos pássaros que voam em alcance do alto, que sentem o vento, a bravura, o amor pela liberdade da liberdade de amar.
                Amo-te nestes três espaços de um tempo infinitamente vão. O navegar no mar, do andar no chão, com o velar pelo vento. Água, terra, ar. Ascensão! Ascensão nisso e nisto que profiro, e por mais do que isto, tu estás aí e eu, aqui, também estou aí. Existimos no mesmo local sem esforço, somos o pássaro no mar do peixe capaz do céu! Somos a versatilidade de um só mundo, aquilo que somos é aquilo também que se amálgama.
                Tu és a síntese complexa do que sei sobre a ternura, somos o de quando não estavas cá e eu não estava lá que mesmo assim em instante nos encontrámos.
                Questiono só mais o gesto singelo de te escrever, tentar só não deixar fugir as imensas palavras que te tinha para redigir, questiono ainda mais altamente se será necessário um total para um todo amar de nós? Eu sei de firme que entendes o que não sei dizer e é com essa certeza, feita de vento, terra e água, que eu e tu somos… e ainda mais!

                 Escuta, ouve e vigia. Amor. Parabéns. Amor.

                Nota: The idea of the drawing belongs to Boris Schmitz. I did an adaptation of the original design. Thank you!

                terça-feira, 9 de setembro de 2014

                Misturar contigo ou desembrulhar só?


                  Junto trapos com bugalhos
                  Objetos ou tecidos 
                  Mar com areia
                  Amar e músicas de chorar

                  Misturo contigo, vivo e habito!

                  Almejo almas e vivo esperanças
                  Momentos e pesadelos
                  Alegrias com tristezas
                  Amar com o desenterrar do odiar

                  Desembrulho sozinho, morro e sepulto!

                  Maldade e bondade
                  Coelho com tartaruga
                  Secar as flores e regar clamores
                  Semear esperança com amar na relembrança.

                  Colocamos juntos, vivemos e eterniza-mo-nos!

                  quarta-feira, 13 de agosto de 2014

                  Almejos agudos


                    Quero depreender a vontade
                    o que ela é executar 
                    e o que pode ser de melhorar

                    Quero não ostentar o que sou
                    mas o que o homem pode ser
                    de tudo aquilo que é querer

                    Quero não fazer rir
                    nem a rir chorar
                    apenas olhar e ajudar

                    Quero lidar e lidar talvez
                     fazer das criticas as sugestões
                    e dos elogios belas emoções!

                    segunda-feira, 4 de agosto de 2014

                    Nascente, poente, luar


                      A alma chora
                      O corpo anima
                      A alma avisa
                      O corpo norteia

                      A alma ama
                      O corpo beija
                      A alma conta
                      O corpo articula

                      A alma aciona
                      O corpo avança
                      A alma afasta
                      O corpo adormenta

                      A alma almeja
                      O corpo efetua
                      A alma voa
                      O corpo vagueia

                      A alma vive
                      O corpo morre.

                      quarta-feira, 30 de julho de 2014

                      Dia de luar

                          

                          As pessoas vacilam a calçada. Tudo e todos parecem estar no primoroso ritmo, eutimia e serenidade, tal aquela imensidão do luar livresco e que ali aparenta-se firmar. Há momentos em que o diagnóstico é incongruente e arruinado. Há tempos que a luz penetra os olhos e a alma alumia-se. À verdade, o esquecimento prematuro, aquele por quem se auto-convida a entrar sem sair, aquele que volta e se apodera.   Vivo como qualquer um labiríntico mas débil individuo. Consigo subsistir a felicidade como uma água numa taça cristalina ... singelo ronco todo estrondo. Lembranças egocêntricas, das vezes e vezes que havia esmorecido aos teus pés, da inversa verdade ... das limitações do forte, da guerra do fraco.
                          Olhos que tentam ver-te sem te ter. Lágrimas que tentam chorar por te falhar. Em cada detalhe uma vultosa estória. Em cada ápice avultadas vivências. Nebulosidade, sol, trovão! Num filme um luar, e num luar as estrelas culpadas. Eu vivo e habito, patenteio-te e enfraquece-me a alma. Fraquejo da vida, e, por isso, sinto-me como daqueles que coabitam com angustia e a melancólica alegria, com o esquecimento que jamais será efémero, que alivia, mas num sempre ... volta.
                          Numa sombra vagueia a tua luz, e, com o nunca esquecer do querer viver, nós nos completamos!

                        quinta-feira, 24 de julho de 2014

                        O dito por dizer das palavras por viver

                          Tudo o que vivo e que me oiço
                          Fica pelas derramadas de seu tempo
                          Ficando e ficou datado como louco
                          A par da infelicidade a sempre meu detento

                          O nojo que se me fica
                          E as sementes que não se querem lavrar
                          No local que minha alma se aloja
                          N'aquele pendor a quem é clamar

                          Mar salgado que não se adoça
                          Olhos sem se quererem cessar
                          O adiar sobe o adia
                          Do que era para terminar

                          A flor que não nasce na pedra
                          O livro que estória não tem acabar
                          O tunel sombrio que estático se fica
                          O Ilídio que não tem horas de apressar

                          A luz fechada que não se abre
                          O viver de que não é querer morrer
                          Vontades e pensamentos entre
                          É tudo o que se me finita a escrever.

                          sábado, 14 de junho de 2014

                          Ser-se Mariposa


                            É o sentimento puro de se confiar
                            Porque gostamos
                            De se ser possível decepcionar
                            Porque queremos
                            Ter-se em quem se bastar
                            Porque completamos
                            Querer-se ser a achar
                            Porque a achar somos
                            De se apenas querer ficar
                            Porque sentimos
                            É o pensamento profundo de se amar
                            Porque estávamos
                            É o querer tudo e a pouco ficar
                            Porque assim voávamos!


                            quarta-feira, 28 de maio de 2014

                            A Fonte Hipotética Partidária


                              Imaculado coração seja o vosso
                              Não deixemos o fogo queimar a luz
                              Busquemos juntos na oração o pão nosso
                              Rezemos a pares à Cruz

                              Irmandade vossa de Deus
                              Não deixemos o Homem matar
                              Amai-vos a todos como seus
                              Vamos a pares, tudo isto, colmatar!

                              Incontínua vontade vossa que não caia na tentação 
                              De algum dia querer ir além
                              De toda a nossa pensativa ambição.
                              Não se fiquem jamais aquém

                              Irmãos, vós que ouviste
                              Tende no Senhor a esperança
                              Façamos  o pedido sem lemiste
                              Juntos seremos mais pela bonança!

                              sexta-feira, 23 de maio de 2014

                              O Ir do Amanhã

                                  
                                Mexe-se a alma
                                  Remexe-se o coração
                                  Olha-se do que poderia mais vir a ser o futuro nosso
                                dito das mãos dos outros
                                a dependência que a eles temos. 
                                O partir do querer ficar. 
                                O ir sem querer partir. 
                                A distância da alegria parece incansável.
                                 Parece que vemos, e caímos.
                                 Há o partir porque nada há de ficar. 
                                Mas não se me vejo nesse olhar. 
                                Parte-se o corpo, perde-se tudo. 
                                  
                                Escreve-se não
                                  Vê-se sim
                                  Olha-se do que poderia mais vir a ser o amanhã
                                dito o que quer ir
                                Hoje, Ontem, ficar ausente. 
                                O ficar do deixar ficar.
                                 O ir do amanhã, que só vai connosco.
                                A partida irrefutável. 
                                O partir de que ele quer ir a par.
                                 As saudades empregues que serão.
                                 Mas pode-se perder tudo, tudo e mais.
                                 Mas perder a nós, nunca!

                                domingo, 4 de maio de 2014

                                O Meditamento e Pensar da Alma

                                    

                                    Faz-se a tipologia constante do futuro
                                  Da recordação futura da adolescência de agora
                                  Da infância de ontem ...
                                    O quão afastamento será, a quanta dor imaginável, se não na minha alma, se fará.
                                    O implícito pensamento no que virá.
                                    As saudades empregues em vós, e em vós se deixará.
                                    Os almoços e jantares em conjunto nas épocas festivas no aquecer só da lareira ficará. 
                                    A alegria, as corridas no quintal, as tardes juntas de verão que a nuvem escasseá.
                                  O guarda vento que partira com ele ...
                                    A vitória, a luta, a batalha que se sofrerá. 
                                  O livro que se fechará.
                                    A perda de uma família, a perda por falta de liberdade, a perda que eterna nos perecerá.
                                    Não fora por mim, fora pela vontade de vós, de preconceitos movidos à vontade, que assim partirá.
                                    Que as recordações se consumam por um tempo que as matará.
                                    Um esquecimento profundo consumirá o que sempre houve ...
                                    Mas, que já deixou.

                                  quarta-feira, 30 de abril de 2014

                                  Saudade a Ti



                                    Apertam-se as saudades. Engolem-se as lágrimas que ficaram por derramar. Que se derretem num todo sofrimento interior. Sinto a simples vontade de chorar e de assim tudo poder aliviar. Sinto-me prisioneiro de um mundo que não me era devido, que não me conformo da forma como é vivido. Escarnece-me o coração e a alma do teu abandono causado. Quero voar. Quero navegar. Contigo e com todos! Quero te ver de novo, de novo e de novo! Quero te poder tocar vezes e vezes sem conta. Quero-te explicar tudo o que me pertence e contigo é meu dever partilhar. Quero que estejas aqui. Que te transponhas ao amor que tanto te tenho. Quero que todas as saudades escondidas no meu rosto, mas sempre presentes na mente, passem a ser a tua presença, a tua existência! Quero que te sentes no sofá acostumado a ti, onde agora não me é igual olhar. Perdeu-se a alegria que lá era sempre vivida. Agora reina o ar pensador nos corações de quem te ama. Habita o desespero de matar a morte! Sinto aquele sentimento puro que tu devias ali estar, e contigo ter sempre onde me abraçar. É desejo voltar àquele tempo que o vento levou, e que com o tempo passou.

                                    domingo, 20 de abril de 2014

                                    Recordações do Avô

                                        
                                        Meu querido avô,
                                        Amaina a folha da árvore, voa pelo vento, vai alto, sobe de veloz, sem deixar lembrete, sem avisar, fora embora, antecipara a hora, voa sem continuação, sem desprezo, sem aselo.
                                        Denoto na folha o sentido a ti, deixas-te todas e umas saudades empregues no rosto de quem sempre te amou. Fora este o pacto implícito que rompeste, e, sem te despedires foste embora.
                                        Sinto-me nostálgico, ao passado, entre nós, vivido. Lembro-me das festas que sempre partilhaste com alegria, com um sorriso no rosto. Lembro-me de jogares sueca no Natal. Lembro-me de jantar à mesa contigo e de fazeres cara torcida às minhas brincadeiras de criança, do meu não querer comer. Lembro-me dos pequenos folares que me davas nesta altura, e que guardara para agora sempre me recordar de ti. Lembro-me de dizeres sempre para os comer, mas patenteio neles agora um sentimento tal! Uma doce ternura, um bom carinho, resguardo a felicidade.
                                        Não te quis olhar, espero que não tomes isso como aquelas mágoas que por ti fico, apenas é meu querer guardar de ti as melhores faces, as melhores emotividades.
                                        Ainda é-me confusa a tua partida, para aquele lugar distante. Estarás lá num abandono circundante da família, dos teus entes. Espero que sempre me defendas daí. Que nunca penses mal das atitudes que faço. Espero que sempre me guies pelo melhor caminho. Que nunca abandones o meu coração. Que nunca me tirem as melhores lembranças que de ti tenho. Quero guardá-las, fechá-las, e, sempre, num pensamento ténue abri-las e lembrar-me.
                                        Queria-te agora poder abraçar, poder-te tocar, cumprimentar-te, por tantas vezes que fiz, e que agora, num outro olhar sinto saudades.
                                        Que neste dia de Ressurreição, em que tu sobes ao Céu como havia Jesus Cristo na sua altura, espero que não te seja doloroso deixar-nos. Espero que estejas bem, e onde quer que estejas, digo-te apenas que terei sempre um implícito pensamento assente em ti.
                                        Obrigado por toda a tua participação na minha vida. Obrigado por tudo o que me ofereceste, por tudo que nos presenteaste. Muito obrigado, avô!
                                        Um grande beijo, do teu sempre e eterno neto, André.

                                      terça-feira, 15 de abril de 2014

                                      A Criança Voadora

                                          

                                        Era habitado por todos o espaço azul. Todos tinham o direito de voar, o direito de comer, o direito de pousar. Todos excepto o miúdo, aquele que os via de baixo felizes nas ruas voadoras, via-os nas casas do cimo da árvore. A árvore, a árvore que o pequeno jovem tentara subir, fora andado de ramo a ramo. Divertia-se ele e todos as aves. Tornaram-se amigos. O Homem e a Liberdade. Andavam em vista de ambos em ambos. Subia-se cada vez mais a alta árvore. Que alta! Era a escada do esplêndido para o leve do azul. Era a sinfonia da Primavera plantada na erva, silvada nas flores, alimentada no Sol! Era e só era. Tudo parecia suave. Tudo parecia calmo. Parecia. De só de rápido se bastou. O pobre menino fora picado na mão por uma andorinha. Todos ficavam a ver, sem sequer se quererem aproximar da bela criança em aflição. Estaria quase a cair. Uns diziam para ela se agarrar. Outros para ela se largar, a queda não havia de ser brusca. A criança era confusa à opinião. Era abandalhada pelas penas. Sempre alimentara ela o bico aos demais, sempre saciara a sede das pobres aves, que agora não se lembram de se juntar e de o agarrar como uma concha. O ar estava solto. A brisa era brusca. Os ramos abanavam sem vim, quebram-se todos, menos o do menino. Esse ficara preso à árvore. Mas não tardara em se entregar ao vento que o queria levar. O crepúsculo da Primavera chegara. O ramo voa onde o prediz ainda mantém com força as mãos seguradas. Ele acaba por voar, ninguém mais o vê, ele é levado pela grande velocidade do ar para a longitude. Todos regressam aos seus casulos. Tudo volta ao normal. O menino vai. Havia quem ficasse com saudades do menino, havia quem se tivesse libertado da pedra que ele lhes era. Por fim, aquela Primavera fica na memória de todos. E com todos a Primavera se manteve. Com dias depois chegara a par do ramo partido a carta de despedida do menino. "Talvez - penso - não possa dizer que fora todo um desperdício. Conhecera novos seres, vi lá reflectido o bem e o mal, vi empregue toda a sociedade, vi a tal hipocrisia, vi derretidos aqueles que só querem gerar confusões. Mas não se me fica a alma pelo mal, vi quem quisesse o bem estar de todos, vi quem tivesse rosto de mau com doce coração. Vi ... vi andorinhas, vi gaios, vi águias, vi cegonhas, vi todo um bando, num todo exímio espaço. O fim da jornada no voar terminara amigos. E o fim da carta de igual forma com despedida de fortes beijos e abraços. Do vosso menino, para vós seres do ar!"

                                        sábado, 12 de abril de 2014

                                        Quero & Quero-Te!

                                                                                                                                                    Quero                 quero
                                                                                                                  Sempre fora        meu cogitar
                                                                                                                  escrever como um pássaro livre no voar,
                                                                                                                     e com um pássaro ser o teu e meu eterno amar!  
                                                                                                                   Há rotinas que sempre podem mudar
                                                                                                                    mas esta minha forma de pensar 
                                                                                                                  é já algum título a memorizar
                                                                                                                   que sempre me faz lembrar
                                                                                                                    da melhor forma 
                                                                                                                      de me 
                                                                                                                           a    
                                                                                                                          p    
                                                                                                                             e   
                                                                                                                               r   
                                                                                                                           f   
                                                                                                                                 e    
                                                                                                                              i
                                                                                                                     Quero ...                                       ç
                                                                                                      Sempre fora meu chamar                     o
                                                                                      escrever devagar o que nunca é de apressar      a   
                                                                          e com isso nunca querer-me imaginar sem te abraçar! r
                                                                                       Há dias que sempre podem se apagar
                                                                                       mas esta minha vontade de te apertar
                                                                                           é facto que jamais aquém irá ficar
                                                                                               que nunca faz querer acelerar
                                                                                                     dos momentos contigo
                                                                                                                a presenciar

                                          Q       u       e       r       o       -       T       e       !

                                          Notas: É de salientar as formas presentes no poema: 1ª estrofe - balão em formato de coração com um fio que acaba por se ligar à 2ª estrofe - pessoa forte a abraçar.

                                          sábado, 5 de abril de 2014

                                          O Primaveril Repouso

                                             

                                            É
                                            Na penumbra do Sol
                                            Pelo circundante das cravinas
                                            No pousar do pássaro 
                                            Pela minha leve e doce mão
                                            Na bela infinita aragem
                                            Pela soturnidade do exímio espaço
                                            É 
                                            Que eu mal me abraço
                                            Numa vigorosa aterragem
                                            Que eu ganho uma tal afeição
                                            Numa estória como Ícaro
                                            Que o espírito adormece sobrotinas
                                            Numa tal cidade de só girassol
                                            É
                                            Com um pequeno e fino anzol
                                            Onde o prego se fica às clementinas
                                            Com um bugalho vasto e raro
                                            Onde se vive como ninfa de Aragão
                                            Com as vestes repletas de coragem
                                            Onde se ficam pela Natureza em pedaço
                                            É
                                            Quando o belo amasso de argaço
                                            Se me faz a boa parte de clonagem
                                            Quando a maresia está em adversão
                                            Se me corre a ti a alma como amparo
                                            Quando tu me cobres de cetinas
                                            Se me eu vejo o tal farol (de Sol)
                                            É.

                                            Nota: É de salientar:
                                            Esquema rimático: ABCDEF FEDCBA ABCDEF FEDCBA
                                            Aliteração: N, P, Q, C, O, S
                                            Fotografia: Própria autoria
                                            Revelo que poder-se-á ler o poema numa bela leitura de quadras emparelhadas, como aparece de seguida:

                                            É
                                            Na penumbra do Sol
                                            Numa tal cidade de só girassol
                                            Com um pequeno e fino anzol
                                            Se me eu vejo o tal farol (de Sol)
                                            É
                                            Pelo circundante das cravinas
                                            Que o espírito adormece sobrotinas
                                            Onde o prego se fica às clementinas
                                            Quando tu me cobres de cetinas
                                            É
                                            No pousar do pássaro
                                            Numa estória como Ícaro
                                            Com um bugalho vasto e raro
                                            Se me corre a ti a alma como amparo
                                            É
                                            Pela minha leve e doce mão
                                            Que eu ganho uma tal afeição
                                            Onde se vive como ninfa de Aragão
                                            Quando a maresia está em adversão
                                            É
                                            Na bela infinita aragem
                                            Numa vigorosa aterragem
                                            Com as vestes repletas de coragem
                                            Se me faz a boa parte de clonagem
                                            É
                                            Pela soturnidade do exímio espaço
                                            Que eu mal me abraço
                                            Onde se ficam pela Natureza em pedaço
                                            Quando o belo amasso de argaço
                                            É.

                                            terça-feira, 25 de março de 2014

                                            E, se a Religião não exitir?

                                                

                                                A Religião sempre foi e permanece, enquanto o girar eterno da ampulheta, um tema controverso no ver de muitos. Há várias opiniões, testemunhos que afirmam aquela ou aquela doutrina, ainda há quem seja um verdadeiro dogmático, ou quem tome uma atitude cética para o conhecimento do Além,...
                                                No meu pensar, a Religião é a base do Homem. É n'Ela que ele toma os seus pontos de partida, e os de perspetiva. A verdade é que não podemos ser totais dogmáticos ao que Ela afirma. Devemos cingirmos a um todo contemplar kantiano, estabeleçamos limites no Conhecimento. Não sejamos como fora David Hume, John Locke ou ainda René Descartes que revela conhecer Deus, o númeno! É algo impossível de demonstrar, de se comprovar. Mas, este comprovar poderá ser vítima de manipulações pelo seu génio maligno? É quase como um duvidar da vida, que nesta posição Descartes duvida. 
                                                Sofremos e sofreremos apenas dum ceticismo mitigado e moderado, e nele baseado, demonstrado. Não ultrapassemos a mais de 1000 pés de caminho, se a sombra ao nosso lado ainda é algo a nós desconhecido. O que vale pernoitar a toda uma vida, em tentativa de descoberta do mais improvável, dum desafio inviável; se aquele que nos parece de rápida solução fica ao nosso lado? Gosto pelos grandes desafios? Não tentaremos obter descoberta do infinito, se nem sabemos do granito. Devagar se vai ao longe. Do pequeno o grande. Pedra a pedra sobe-se a calçada ou se constrói a casa.
                                                Mas, vinde cá! Não penseis que me esqueci da pergunta inicial deste título de meu texto. Essa é de pensar e pensar, para quem não tenha já pensado nuns momentos antes de para aqui vir, como já o fizera ... 
                                                Então, vos revelo. Para mim, a Religião existe, contudo numa tentativa particular de ser comprovada, agora ou mais tarde, a sua inexistência, é fundamental tirar dela, sempre, o melhor partido. Frequento a Igreja sempre que posso, uma vez talvez por semana, a par de uma colega, a Diana. Não lá vou por obrigação, se bem que por vezes ... pequenos incentivos só. Mas sempre que Lá vou, rejuvenesce-me a alma, o meu ser, adormece-se todo o sofrimento, stress, os malfazeres a mim que adquiro fora do Local. A Igreja ensina-me a viver, a saber viver! É n'Ela que me apoio em momentos mais desequilibrados da vida, é Ela o fruto do meu viver, a comida de que padecia e a bebida que me sacia.
                                               E, se a Religião não existir? Vingámo-nos todos em quem nos ensinou a acreditar n'Ela? Não. A radicalidade é ponto que sempre apreendemos a não tomar. O verdadeiro cálice é aquele do amor e da paz. Não é o rezar, não é o ir. Ao fazê-lo é pela sensação que nos traz. A quem não traz, que se dedique, portanto, ao que melhor lhe faz. Não critiquemos os demais.
                                                E, se a Religião existir? Esfregaremos na cara dos que não acreditavam que "Vocês, vocês estavam errados, são o Demónio na Vida!"? Não. A radicalidade que há poucos vos falava é algo aqui a colocar de igual forma. É a falta de Fé que neles os abdicou de uma vida das melhores sensações, roubaram-se-lhe a verdadeira fonte e essência do viver. Todavia ... nunca é tarde para nada. Lembrara-me agora de Fernando Pessoa que diria "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena". 
                                                Cesso, apenas ainda vos revelando que mesmo sabendo da inexistência da Religião, que iria, de certo, permanecer em mesmos hábitos e costumes. Porque não é a palavra que nos guia, mas as sensações que sempre sentiria! De que sempre os tenha, num presente: Bom rumo a todos! Beijos e Abraços.

                                              quarta-feira, 12 de março de 2014

                                              Ampulheta voluteada

                                                  
                                                  Cai-se numa meditação
                                                  Anotação vagueada
                                                  Caminho até à estação
                                                  Na rua bela calçada

                                                  Gira-se a rotineira da ampulheta
                                                  Traz-se as sinfonias do passado
                                                  E a nova feita faceta
                                                  Das recém novas chegado
                                                  
                                                  Levam-se as bem desgostadas gritarias
                                                  Para o além do ontem
                                                  Era para o fundo da escrivaninha onde as levarias
                                                  Não se me espera dalguém, ninguém

                                                terça-feira, 11 de março de 2014

                                                Sinistro Sol

                                                    
                                                    Sete horas da manhã, havia logo a intuição que aquele seria um exemplar dia de verão no inverno. Estava calor, o sol era vão, límpido, exímio e radiante. À semelhança estava um jovem rapaz que acordara como num dia rotineiro que se difere. Era a luz que se fazia lá fora que o apartava de outros dias? Era o alcatrão que havia sido posto naquela noite? Os pássaros na espreita das belas ramagens por nascer das árvores? Talvez não. Não sei. 
                                                    Só para já além da matina é que foi possível se aperceber que era todo e um disfarce. Sinistramente, vê-se um entrar da desgraça na vida do menino. Era um todavia, um só que para aquele dia não se ser perfeito considerado. Agora no seu olhar moço era carregada a melancolia, a mágoa. Um maculado ser. Era uma toda indiferença estúpida de um olhar cego à alegria, da vitalidade agora dum corpo defunto, o ar indolente dos piores se me vistos, séculos passados em vão, e em vão com um grito do seu peito! Dos seus brados ouve-se apenas o eco, torce-se os braços e os dedos duma angústia tal ... Só na terra, no mar e no céu. Já não se vela como de costume aquele seu lindo esquife, descolorou-se a sua cor. 
                                                    Era o vento dentro dele, impossível de se expelir. Um verme frio congelava toda a sua alma, varria-lhe toda a sua antes vontade. É esta uma sombria análise de assustar o susto. Já não se ouve os cantares das aves, passou-se a estrondo, e, na podridão daquele embrulho hediondo, reconhece ele o seu Destino. Partira-se o cristal, que era tudo do que ele se construíra nos poucos anos que vivera. Havia ele feito numa eternidade uns riscos de vida, onde agora no fim estava escrito um "NÃO". Em cacos.

                                                  sábado, 8 de março de 2014

                                                  Sol Avizinhado


                                                      É tempo das sinfonias suaves enviadas em carta registada e reformulada com remetente o Sol e destinatário as nossas aqui perto terras. Era um carteiro incompetente antes, atraso de alguns que esperaram estes meses. Os raios despertam-se, agora, bem mais cedo que eu. O dia começa já com um certo calor que se prolonga. Já se vêm t-shirts, calções, saias. É bom tempo este para trazer certa alegria àqueles que estavam até ao momento mais descontentes com as atormentações das suas vidas. Eu gosto deste tempo. Não ainda com muita quentura, mas com alguma, num meio misto. Parece que são os primeiros dias de Primavera estes, não que ela ainda esteja longe ... 
                                                      Abrem-se as janelas, as persianas batidas quase todo o inverno. A lareira já não se acende. Areja-se toda a casa. Lavam-se cortinas, limpam-se paredes e móveis, ornamenta-se já e apronta-se tudo para uma começada já esperada Páscoa. Outro tema que ainda abrangerei. Agora falo do Sol. Que nada de perturbador tem, é sereno ainda, parece que ficara congelado todo e um inverno e agora vaga e lentamente se acende e aquece, a ele, a mim e a vós, nós!
                                                      Ouvem-se os pássaros, cantam melhor que nunca, estiveram calados em chuvas, ofuscados antes da vida, refugiados da grosseira chuva, e do mau senhor vento. É tempo das melodias da luz! 

                                                    terça-feira, 4 de março de 2014

                                                    Dia de Carnaval

                                                        Chuvisca. Parece um dia normal, se bem que para mim assi sempre se manteve. As nuvens serram o brilhante sol que alguns esperariam neste faustoso dia em que se fazem os tais funestos e animados desfiles, de homens que tentam ser andróginos, só que numa versão mais labrega e supina. Risos. De sincero, vos digo que eu jamais andaria na calçada daquela forma vestido. Todavia, diria que não criticava quem assi anda, mas mentiria, não que seja bem critica, contudo quem se apronta daquela forma já sabe de bem o que a ele se espera: gargalhadas.
                                                        

                                                      segunda-feira, 3 de março de 2014

                                                      Em dias de descanso, sem este e ele

                                                         

                                                          Assomaram e abraçaram-se a mim os dias, dias estes que, agora, cá se sentam ao meu lado, neste aconchego do canapé, agasalhado pelo quente regaço da lareira, com acréscimo do cobertor ainda. 
                                                          Nem sei se bons ou maus estes dias, de certo, que eram os desejados, para relaxar e para extinguir a fervura das aulas, contudo, há outras cousas sempre a fazer, mandadas pelos professores, nem nas férias, bem verdade! E, mesmo assim, com esses trabalhos há de se entristecer pela falta de tão bom outrem.
                                                          Faz-se deserto em mim. Leio Os Maias, mas sempre cai-o logo numa profunda meditação do que lá escrito está, a leitura é sempre calma, com suaves pronuncias, de letra a letra, sem se ficar em apressas. Há tempo, e não, no meu caso. É, teria de ler o livro para a quase chegada de já quinta-feira. Impossível. Tentasse elevar o ritmo, mas parecesse-se aí tão sem graça e glória, tão sem engenho e sem arte. Fica-se pela serenidade. Pausa para lanche. Rabisca-se. Voltara-se para o local principiado. E, neste momento, aqui cá estou. A obra ao meu lado, as migalhas varridas pelo chão, o irmão a jogar, a televisão a espantar animação, a música do computador, o fragor da lenha a arder e o computador a suspirar no meu colo.
                                                          Oh! Que hei de de eu fazer à ficha de leitura a realizar-se quase já? Desgraçado de mim, pobre e coitado de mim! Espera, de mim?! De mim, de vós, de todos nós! Eu com pena maior claro. Não vos quero de nada preocupar, todavia já se me agoura a alma, faço presságios que n'altura me hão de ... de certo ... sem medo o digo, faltar algumas respostas. Dito. Inventara talvez. Quimeras apenas que de nada além passem estas más sensações minhas e só minhas!

                                                        Numa caída leitura pelos: Episódios de uma Vida Romântica

                                                          "O que desconsolara Afonso, ao princípio, fora a vista do terraço - donde outrora, decerto, se abrangia até ao mar. Mas as casas edificadas em redor, nos últimos anos, tinham tapado esse horizonte esplêndido. Agora, uma estreita tira de água e monte que se avistara entre dois prédios de cinco andares, separados por um corte de rua, formava toda a paisagem defronte do Ramalhete. E, todavia, Afonso terminou por lhe descobrir um encanto íntimo. Era como uma tela marinha, encaixilhada em cantarias brancas, suspensa do céu azul em face do terraço, mostrando variedades infinitas de cor e luz, os episódios fugitivos de uma pacata vida de rio ..." - d'Os Maias de Eça de Queirós

                                                          sábado, 1 de março de 2014

                                                          As Duas Oferecidas Minhas Rosas


                                                              Está. Está formada, elaborada, organizada e declarada a batalha entre as minhas duas grandes paixões. 
                                                             Apontada e afirmada neste e num outro, apontado de seguida, blog: http://arquitectura-decor.blogspot.pt/.
                                                             Vós ll e os meus belos interessantes pelo louvor arquitectónico e decorativo que cercaste, Deus, a nós, juntos, num meu, tão por aqui proclamado, amor fervor.
                                                              Tarefa acrescida a dobro, ou quem o diga, a mais, quando mais tempo houver, e disposição de mim vier. Hoje era dia de serem criados mil. Ando, portanto, de bom humor. 

                                                            sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

                                                            Quinto dia em rotineira semanal


                                                                Era uma manhã já vagamente declarada pelo Sol. Sem prol de mim. Acordara. Vestira-me. Aprontara-me, certamente, pois de certo mesmo é que, àquelas horas, àquela matina, não me era alheio o sono e a disposição apenas de se me voltar a cair num leve, ali, dormir, meu corpo nos delicados e suaves cobertores, aquecido n'aquele regaço, onde pernoitaria umas quantas horas, só se não ia. Ai ...
                                                                Saíra de casa com certo atraso meu, sem nada manjado. Só. Pegara na pasta, pusera a carteira na algibeira do casaco, e lá se me vou, ajeitando pela calçada da estrada. Corro se é meu querer aportar-me no transporte habituado de hábito. Conseguira e pensara n'aquele momento que talvez nem seja mau de todo o dia que se me avizinha.
                                                                Olho para o telemóvel com esperança dum pensamento. Esperara só. Ouvira sinfonias acostumadas, lembrara, para me esquecer, que havia de mudar as já mil soadas vezes, com certo fardo de poucas e vontade incluída em acréscimo a outras. Reflectira sobre o que se me padece, sempre e eternamente, não fatigado, ou devido pouco, talvez. Fome de espírito só. Hei de, hei de mudar, tal como minha amiga me ontem, de hoje, havia dito. Perguntara-lhe se para melhor ou pior. Crera sem resposta. Dissera-lhe que antes nem escrevia. Questionara-me logo ela se desenhava. Não, respondera-lhe, apenas se me era pobre. Rica esta? Não, mas melhor acho. Sim, rica, aperfeiçoamentos à espera, como a todos devera. Pois, sem exibicionismos, também, como já de certo o sabes. Sim, sei.
                                                                Alargara, agora, o pouco que me achava devido aqui redigir, musa talvez. Adormece-me o braço de escrever, acordado porém, pois vos é meu querer ver.
                                                                Inventara palavras, para certos, poucos, alguns. Pena. Decidira e registara, aqui, que existe opção de mudar ou de nem entrar quem receia a vergonha, gosto a mim, de pequenas intrusas em minhas palavras.
                                                                Fica-se-me o corpo nervoso, em algumas horas.
                                                                Leitores, vos contara, não pormenorizadamente, resumida apenas a termos e princípios do pouco e muito, do bom e do mau, com assimilação de respectivo, o que me acontecera num dia rotineiro da gente de cá, com inferência, talvez, desta passada quinta feira, ontem, de hoje.
                                                                Donnatella, ouço agora de antes, e agora de blog.
                                                                Cesso a sua ... leitura, com escrita minha de dias que já havia escrito.

                                                              quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

                                                              English Horror!

                                                                And, today, I study English, sad to me!
                                                                So ... I think I'll take a bad note! Nooooo ...
                                                                Angels and archangels, help me tomorrow! Beseech you!

                                                                sábado, 22 de fevereiro de 2014

                                                                Dicotomia a quê? Simbologia apoiada colorida!


                                                                     Para quem pode e acima de tudo de quem é o querer. 
                                                                    São, são os pobres, pobres de capacidades e de espírito, aqueles cujo culto de não acreditarem lhes é devido, que de igual forma possível não o é. Digo-vos. Não há limites do se fazer, apenas é se querer. Que a felicidade continue varrendo a mente daqueles que não, e que não mesmo que são. Casmurros de mente, de ser e de alma!
                                                                    Hoje se me inspira a mente, como a deles a deveria. Entendimento nem sei se de vós o tenha. Nem quero talvez, ou sim ... na sê.
                                                                    É minha vontade querer achatar um qualquer frouxo, o primeiro que se me apareça, e, dedicado, com aquelas cores aguerridas pintá-los e enchusmá-los. Era. Disfarçar ou acabar de vez aquela má intuição deles, para os seus barbarismos, a eles. Normalizá-los dessas cousas. Afastá-los dessas críticas que a quem sentimentos tem os fazem. Fartara-me porém. Bom mais que assi fosse. Anseio que o aconteça. Mas é ainda uma infeliz certeza negativa. ☮

                                                                  Com frente ao dedo! Shhh


                                                                      São nestas noites que escrevera eu silêncio, como forma de se me fazer pensar que o há. São muitos os ruídos feitos pelo redor da casa, ao menos mente minha feliz por não se me fazê-los aos pés. 
                                                                      Fizera-se todas as festas, todos os triunfos, todos os maus sons. 
                                                                      Inventara-se-me novas prosas, novos erros, novas rosas, novos cheiros. 
                                                                      E são aquelas, aquelas e estas noites que se fazem festas vás, de disparos coloridos agora, de celebrações a não sei certo quê, na casa não minha, mas onde apenas devido ainda me é morar. É nesses momentos, que sempre me é preferível vir até aqui e escrever, a vós e a mim.

                                                                    Errada minha escrita


                                                                       Exterior de matéria: Antes de vos dizer qualquer ato passado nestes antigos já, de mim, dias, digo-vos, portanto, que ficara sem conseguir vir ao computador. Avaria no carregador. Problema resolvido já.
                                                                        Adiante. Esta foi uma semana especialmente particular. Confesso. Não que as outras não houvessem sido, todavia creio que fora diferenciada, por um acontecimento amargo, muito, que creio jamais haver tempo que me auxilie a esquecê-lo. Quis, mas já se me varreu a ideia de querer pôr culpa em algum concidadão meu. Essas cousas é para outros se não eu. Culpo-me pela falta de ante percepção do que já me era sabido acontecer. Sem rodeios. Digo-vos. Sem quaisquer afronta alguma. Errei na escrita. Toda a minha escrita fora e é um todo e mais erro. Afasto o engano. À semelhança de um iletrado que já me haviam considerado vezes e vezes sem conta, havia ali, de quem me era o mais esperar de um braço amigo, que me houvesse rejeitado n'aquele momento, sem sequer o ter lido em primeiro modo. Incentivara-me. Rejeitara. Voltara. Desesperara-me. Fizera eu sacrifício. Lera a primeira frase do outro meu antes publicado texto na aula da nossa Literatura Portuguesa. A professora, de imediato, imperara em tom arrogante que não se faz lógica aquilo. Culpara-se-me. Corrigira ela. Dos piores apagos já me feitos. Peço-lhe que então não risque muito nem que se me tape a branco o que havia eu na folha escrito. Assi o fez. Não querer lê-lo ela, nem eu, que já o havia dito. Mas com mudança de ideias ela o faz. Acaba. Revelara-me a certezas que era nota redonda de zero no exame. E, afastara-se. A aula tenta para todos, sem mim, manter-se normal. Peço para sair uns momentos, casa de banho dissera sem intenções disso, de outras cousas minhas ... desanuviar as tristezas já em mim derretidas no fechar da porta, com autorização me posta. Reflecte-se-me a alma, do mal e do bem que fizera ou não. Regressara. E, num ápice, já leio eu de novo uma outra cousa não escrita por mim, pois dessas jamais de alguma forma lerei n'aquele lugar e com aquela ouvinte! Fora decisão e cessada a sessão.

                                                                      quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

                                                                      Português com trabalhos

                                                                         Redige um texto expositivo-argumentativo, de 200 a 300 palavras, sobre a seguinte afirmação: o teatro é fundamental na formação do cidadão.  

                                                                          Fica-se-me a meio-termo o ponto de vista meu à afirmação antes apresentada, pois não se trata necessariamente de um fundamentalismo, mas algo que não ultrapassa o além da utilidade.
                                                                         Creio que o teatro ajuda o cidadão a refletir, a apreender e a melhor saber os assuntos nele encenados, não implicando de forma alguma que quem não o veja, não saiba de um outro modo; com isto é meu objetivo proferir que não é por nunca termos frequentado um teatro que dessa forma deixemos de ter bens aculturais.
                                                                          Mas não me fico só pelos que não vão, pois quem vai, por vezes, só tem cousas a desapender com a atuação, ora pelo tema em questão que fora mal abordado, ora por incompetência dos figurantes ou encenadores, ora ainda de qualquer outro meio que faça da peça um desagrado total.
                                                                          Todavia, o teatro não é, de forma alguma, negativo. De certo, é algo que influencia o espetador, podendo dar-lhe uma exuberância de novos aprenderes, inversamente ou ainda com pouca interação, ficando-se pelo centro. Inúmeres sensações que se ficam bem àquem das minhas imaginações pela vastidão de hipóteses e de apenas suposições ou relatos já me vistos.
                                                                          Assim, podemos apontar ao teatro vantagens e desvantagens, estas que se relacionam como havia dito com o tema ou a estrutura da peça, cujo acréscimo ainda ponho no valor excessivo de algumas encenações, valor este, às vezes, surreal. Contudo, é meu ver e com isto espero que o vosso também o seja, que se levanta, sem alguma dúvida, as positivas cousas dele, como o caso de algum preço mínimo como troca a um exímio espetáculo. 
                                                                          Cesso, agora, entuando-vos, confio, que não é meu querer redimir a importância do teatro, apenas recito que dele existem bons e maus exemplos e que é algo perfeitamente dispensável da vida dos que nele não se podem inserir, com pena, pois em analogia esses poucos teriam melhor proveito dos muitos, talvez. Assunto para ocasião outra. Não vivam como Arthur Schopenhauer que aponta o facto de "não se ir ao teatro ser como uma toilette sem espelho", logo que dica se faça que visita aconteça, sem dependência, pois já Charles Chaplin proferia que "a vida é uma peça de teatro que nem ensaios permite"

                                                                        domingo, 16 de fevereiro de 2014

                                                                        Atraso apontado

                                                                            Perdoai-me, perdoai-me fiéis leitores de falha minha com a boa competência. 
                                                                            Fora meu vos tentar escrever n´aquele dia, mas compromissivo não conseguira eu ficar nem ser. Perdoai-me. Faltara-se-me a inspiração e concentração para o conseguir redigir. Ainda hei de escrever, quando mais tempo tiver ... uma estória de encantar aqui perto se há de apresentar. Onde a promessa fiel há de estar, para se presenciar! 
                                                                            Santo Domingo a todos. Com Geometria o meu será!

                                                                          sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

                                                                          Estas horas ... Est'orias?

                                                                              Fora? Fora de pensar vosso que hoje haveria eu de por aqui vos contar estórias? De paixões e de amor em corações ... fora? Oh. Hei de tentar o fazer, com recuo ou aproximo do comum, não sei, pois ao certo ainda nem pensei. Nada evidenciado meu divulgarei. Será algo proveniente do que no momento ... imaginei e ajustei. Vejamos ... se de ela se quiser, tudo acabarei. Até.

                                                                            quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

                                                                            Espírito Arquitectónico

                                                                               Não era ainda saber vosso que outro louvor mais alto se sempre me alevanta, a Arquitectura. As sumptuosas decorações, os belos interiores ...  um interesse que sempre me pertencera, assi espero, e cuja certeza se me eterna apresenta de duvida desapareça algum dia.
                                                                                Feito ou não, não ou feito, irá ser sempre um louvor para mim ver estas belas cousas que vos referi. Já me pensei em criar um outro blog que se assemelhe e não com este, que acabe por ter vossas leituras, sem textos semelhantes, mas com junção de fotografias e editoriais. Era para assi ser, mas não. Preferi, agora escolhido, utilizar este também para basear estórias nas galantes salas belas. 
                                                                                Hás de querer? Que se permaneça num continuo vosso agrado? Ohh ... tágides das vossas ledas e cegas almas, se invocam vosso querer, e que vos continuem dando a Graça e Glória, Glória e Graça, que sempre quero ver suas presenças! Que assi seja, suplico para isso!
                                                                               Sem haver nada ter, o teste correu bem, se interesse é para alguns. Há de ser suficiente para não me torturar, mas, se bem que vos diga, nem sei.
                                                                                Mil beijos e abraços. Fiquem bem!

                                                                              quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

                                                                              Avizinha-se o funesto dia

                                                                                  É já amanhã, o Dia. Dia onde irão, de novo, serem emitidos de mim os juízos que adquiri ao longo destas vastas aulas da nossa Literatura Portuguesa. Sim é isso, é isso mesmo, é dia do teste de Português, o dia 13-02-2014, dia 13 dia do azar, reparara apenas agora disso. Medo. É quando falarei do próprio mesmo dia ocorrido na ida a Lisboa de Manuel de Sousa Coutinho, Maria e do valido escudeiro, da obra lida de Almeida Garrett. 
                                                                                  Receara-me agora a alma ... sempre me falha, na ordem pedida para a escrita, todas as boas lembranças que teria num dia comum, num dia que de vós era pedido com dado assunto que me debruçasse numas quantas letras e misturas de palavras. Falha-se-me o sentido da escrita, a paixão que por ela tanto tenho. Falta-se-me o querer redigir algo, o me apetecer partilhar com os outros, a professora em principal, as cousas que vontade fora de serem lidas. Faça-se-me figas, que se rezai, anjos e arcanjos, por mim, a Deus Nosso Senhor, não quero cair agora à semelhança de Madalena, Telmo, ou deles conjuntos, nos desgostosos agouros. 
                                                                                  Ainda há lições a rever, matérias que melhor ainda hei de estudar, deitar-me-ei a umas horas jeitosas de poder apreender alguns conhecimentos e de amanhã me acordar sem incrédulas olheiras. Cesso por agora vossa leitura, estava boa? Sim, espero. «Deixo-vos a paz. Dou-vos a minha paz.» Jo 14, 27

                                                                                Sobre uma leitura ...

                                                                                  "Deus pôs-nos neste mundo para velar e trabalhar com o pensamento sempre n'Ele sim, mas sem nos estranharmos a estas coisas da vida que nos cercam, a estas necessidades que nos impõe o estado, a condição em que nascemos."
                                                                                  de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett

                                                                                  terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

                                                                                  Rotinas já em doutrinas


                                                                                      São poucas, talvez nenhumas, as peripécias que se têm passado ... a rotina não se muda, já se torna dogma o que se faz num comum meu dia, pode-se escrever e resumir a meio dúzia de palavras, não ultrapassa o além de acordar, estudar e deitar. Pior é que não me parece querer algum dia, ao menos cedo me parece que negativo seja, mudar assim de noite para dia tais cousas.
                                                                                      Já se devo pregar uma gripe, sinto a garganta irritada, é no seu devido tempo, creio assim. É, é bem dito, é tempo este que nos congelamos lá fora ... e que nos aquecemos no regaço da lareira. É tempo das frieiras, do vento, este terror que amassa guarda chuvas, rasga securas e que no fim colhe amarguras, bem verdade o seja, pois no seu tempo o é. 
                                                                                      Falta-se-me a vontade de querer ir à rua, de querer tentar alagar ventos, pode ficar apontado desde agora que o impossível o é ... colmatá-lo jamais alguém conseguirá! Eu ... tontinho! Quem o fará! Quando assim não acontecer, é sinal mau que se aproxima. Seja bem desejado portanto!
                                                                                      Despeço-me, agora, de vós, com alguns risos na cara, e, assim, nas vossas também o espero! Cumprimentos. Novas saudações em breve aguardara.
                                                                                      

                                                                                    domingo, 9 de fevereiro de 2014

                                                                                    De Ainda Tarefas ao Domingo

                                                                                        Há dias que são poucas as cousas que se tem a fazer, o de hoje não chega a ser um deles para mim. Dia este que deveras está-me caloteiro a umas quantas horas que se deviam de brotar por acréscimo, mas não.
                                                                                        Aproveitar bem é o que apenas digo. Santo Domingo a todos!

                                                                                      sábado, 8 de fevereiro de 2014

                                                                                      De Vossas Opiniões

                                                                                        Espero, espero de vós,
                                                                                        Sublimes e eloquentes senhores
                                                                                        Bonitas e belas jovens senhoras
                                                                                        Seres, seres de todas as idades ...

                                                                                        Peço-vos que vossa opinião me dêm
                                                                                        Pois é delas com o maior prazer que se me lêm

                                                                                        Obrigados lls
                                                                                        Sempre à vista!

                                                                                        sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

                                                                                        A Igreja Sinfónica

                                                                                            Com mania, vos digo agora, que a peripécia que vos passo a contar, com clímax até, irá completar no dia de amanhã uma semana do dia que realmente se sucedeu.
                                                                                            Fora no dia trinta e um, de já mês passado, deparei-me, portanto, com situação engraçada, hilariante. Estava na missa na companhia de minha cara amiga Diana, e, na parte em que o coro cantava, tínhamos uma voluntária inesperada, que bem (risos), que bem que ela cantava, um verdadeiro rouxinol! Apenas gargalhadas me vinham, sufocado fiquei com tal agonia que dela vinha. Deus, Deus que não tenha levado a mal aquela malvadez minha, mas foi algo impossível de se me controlar ... apenas me ria. Com o cachecol tentava ainda eu esconder as gargalhadas, que se fizessem bem ouvir, chegariam à Cruz do Senhor que tão alto qu'Ele está. Por fim de cada canto, conseguia, ou mais, tentava-me acalmar, contudo logo tinha eu terminado de rir da passada vez, que já ela, de novo, cantava. Incrível também foi vê-la a fazer duas vozes numa só. Uma verdadeira e irónica, por mim, sinfonia! 
                                                                                            Engraçado, era dizer-vos que a cumprimentei na missa - dito - na parte do Abraço da Paz (creio que seja esse o nome). Foi verdadeira emoção dia aquele, numa hora ... que forma ficou retida em mim imagem da tal bela (de novo) senhora (risos)!
                                                                                            Num momento, suposto, de ir-me confessar, consegui eu pecar mais que nesta semana toda. Todavia, pronto, espero que haja perdão para isto. Jesus Cristo. Cessada a sessão.

                                                                                          quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

                                                                                          Temporal

                                                                                            Que a chuva no céu, chegar mais alto consegue a Epopeia. Que bem vivida ela é! Habituara-me.

                                                                                            Nascimento & Morte

                                                                                                
                                                                                                Vos digo, desde já, qu'este era assunto não proposto a falar no meu partilhado blog. Não que tenha receio do falar. Penso desta forma pois não quero levantar tumultos. E espero que, assi, como vos digo, se faça.
                                                                                                Este é assunto angustiante para uns e ainda há quem tenha medo sequer em prenunciar a palavra. Não direi em que lado fico, pois aqui vim apenas em missão de bom transmissor de palavra.
                                                                                                Há tempos, não sei ao certo onde, quando, nem quem mo disse, pode bem ter sido até sonho meu, apenas me recordo que foi algo interessante e onde achei certa lógica.
                                                                                                Estavam, então, dois gémeos numa barriga, e partilhavam a ideia que iriam morrer, pois para eles o nosso chamado nascimento, era a morte deles. Viam o quanto os outros bebés sofriam ao sair do ventre da mulher e como não os viam mais, pensavam que aquilo era a morte, e não a vida. 
                                                                                                É realmente entusiasmante esta ideia pois fiquei com a ideia, que talvez seja da forma destes gémeos que connosco também se passa ... ao certo, ao certo não sei ... sempre acreditei numa ressuscitação após nossa morte. Sempre a levei como assunto sério, porque na verdade, assi foi que nos ensinaram, tentaram ofuscarem-nos em criança o que se passava com os que já não eram deste mundo, diziam que partiram para o Céu, que estavam num local bom na companhia de Cristo Nosso Senhor (o que acredito), todavia o sofrimento que se passava com eles, levava-nos a ter ideia contrária. Falo por mim, e por quem aqui se quiser juntar! 
                                                                                                Creio na Ressurreição dos mortos. Choro por quem já aqui não está. Poucos. Mas sei que Lá estarão de igual forma bem e com boa companhia.
                                                                                                Acrescento, agora, que "nem tudo o que parece é". 
                                                                                                E por aqui fica, por agora, assunto este cessado.

                                                                                              domingo, 2 de fevereiro de 2014

                                                                                              Primeira poesia, sem analogia!

                                                                                                Se esperais vós
                                                                                                De rimas aqui em meus versos,
                                                                                                Enganei-vos bem!
                                                                                                Não que fora eu a o fazer ...

                                                                                                Gosto de escrever da forma que melhor me ajeito
                                                                                                Faço certas trocas e baldrocas
                                                                                                Não, ou sim, talvez, com certo propósito
                                                                                                Mas nem pensem maldade colocar em mim!

                                                                                                Tentei já fazer poemas a rimar
                                                                                                Ainda agora estava eu a tentar o fazer
                                                                                                Não foi essa a sabedoria qu'Ele me deu (se deu)
                                                                                                Para eu sequer colocar aqui defronte a vós!

                                                                                                Confesso que me fartei de assim tentar conseguir,
                                                                                                Pois de Lusitano muito tenho,
                                                                                                Mas errais se pensais que a ele me assemelho
                                                                                                E que, por isso, aqui venho.

                                                                                                Em primeiro ponto 
                                                                                                Não me quero ser superior,
                                                                                                Como já havia dito logo de início, 
                                                                                                A ninguém.

                                                                                                Conto agora
                                                                                                a mudar de assunto o que:

                                                                                                Havia à tempos,
                                                                                                Numa aula de filosofia
                                                                                                A comentar uma frase já dada,
                                                                                                Escrito eu a seguinte poesia:

                                                                                                Somos o que temos de ser 
                                                                                                e o que poderíamos
                                                                                                a meio longe ainda 
                                                                                                dista. 

                                                                                                Faço as pausas,
                                                                                                Os parágrafos,
                                                                                                E as estrofes
                                                                                                Como a mim melhor forma me se parece.

                                                                                                Cesso agora a minha escrita por hoje
                                                                                                Ou então até quando
                                                                                                A inspiração a mim de novo me aparecer.
                                                                                                Cessado.

                                                                                                De mim: um pouco se faz favor!



                                                                                                    Café antigo, bem ornado com tradição lusitana (à semelhança minha) numas cadeiras ao fundo estão formosas, e bem formosas que são, senhoras, ao lado delas permanecem uns caros compadres na companhia de um belo baralho de cartas. Algumas janelas com vista à praça do Rossio. Umas moscas a rondar os ares. Silêncio perturbado com uma televisão, já de ar em si antiga, acesa. Todas as mesas regidas por pequeno catálogo do que no café se vende, por baixo uma toalha de pano de veludo azul a condizer com uns belos azulejos que ornamentam um pouco das paredes. Três portas: entrada para a cozinha, outra para a casa de banho, de homem e mulher. Entra leitor meu neste já descrito ambiente. Senta-se e chama o garçon. É no princípio da tarde.
                                                                                                  - Quero um pouco d'ele, se faz favor.
                                                                                                  - Mas, senhor, o que deseja mesmo?
                                                                                                  - Esqueça, pensei que aqui era local de se poder ler à vontade, e de, assim, ser servida boa leitura. Enganei-me ao que parece.
                                                                                                  - Aqui servimos café ou semelhantes, mas se quiser tenho bom computador aberto num blog algures na internet.
                                                                                                  - Do que espera então? Traga-mo se de si poder.
                                                                                                  - Com certeza, com licença.
                                                                                                  Segundos depois:
                                                                                                  - Aqui o tem, bom apetite.
                                                                                                  - Apetite de leitura com a boa companhia de uma chávena de café. Muito obrigado meu jovem.
                                                                                                  - Não tem de quê.
                                                                                                    Aberto está o meu, partilhado com vós, blog. O meu little lusitano, conhecido também será como ll, alcunhas que agora inventei para vós, estava ele um bocado desiludido, pois viu que de ontem a hoje não havia publicado nada. Revoltado, levanta-se, deixa um trocado de moedas em cima da mesa e sai do café. O garçon fica sem ter apercebido o que se passara, mas regressa ao trabalho.
                                                                                                     Dia seguinte, ao entrar o little lusitano no café, senta-se na mesma cadeira. O ambiente é o mesmo. 
                                                                                                  - Bom dia.
                                                                                                  - Veremos já se assim o é. Traga-me o mesmo de ontem!
                                                                                                  - Senhor ...
                                                                                                  - Estou com uma certa pressa.
                                                                                                     Traz o rapaz o que o leitor lhe havia pedido.
                                                                                                  - Aqui tem. Bom apetite. (aparte) Se não o tivesse visto e nada houvesse publicado ...
                                                                                                     O ll fica de novo descontente, pois o que se passa é o que havia se passado ontem. E, assim, caiu-se numa habitual rotina durante alguns dias. 
                                                                                                     É já de tarde.
                                                                                                  - Bom dia, senhor.
                                                                                                  - Veremos já se assim o é. Traga-me o mesmo de ontem!
                                                                                                  - Senhor ...
                                                                                                  - Estou com uma certa pressa.
                                                                                                  - Senhor ...
                                                                                                  - Já lhe disse, estou com uma certa pressa.
                                                                                                  - Certa pressa que com certeza espera para ouvirdes minhas boas palavras.
                                                                                                  - Diga, diga rápido então.
                                                                                                  - Me desculpe, mas é que se não se faz saber de si, este escritor do seu tão esperado blog, é aluno de ensino secundário, tem vida para além da escrita, tem prioridades, como o caso dos estudos.
                                                                                                     Deu assim, este rapaz, a meu ver, uma boa ensinadela a leitor meu.
                                                                                                  - Creio que tendes razão meu jovem. Não me tragas então o computador. Hei de esperar.
                                                                                                  - Trago sim.
                                                                                                  - Não, não precisas disso.
                                                                                                  - Senhor, eu me tornei num ll como você, e já vi que ele escreveu hoje à pouco.
                                                                                                  - Ai sim? (zangado) Porque não me avisaste antes?
                                                                                                  - Quis primeiro ensiná-lo a esperar, utilize isso. 
                                                                                                  - Está bem, espero então.
                                                                                                     Segundos depois.
                                                                                                  - Aqui o tem.
                                                                                                     O jovem retira-se e o senhor cai, agora, numa divinal leitura ... adora ele. Agradeceu ao garçon. Pagou. Saiu do café.
                                                                                                     Apenas acrescento a esta boa lição que a vós efeito também deverá ter, que não se desiludam quer em situação esta, quer numa totalmente distinta. A espera pode ser sempre demora, mas se bem feita, bem recebida é. Grato pela vossa atenção e agora sim: cessou-se vossa leitura.

                                                                                                  Recém chegada minha!

                                                                                                      Quero, já de início, hoje, fazer breve apresentação minha a este belo blog meu. 
                                                                                                     Não quero ser de mim, algum ser especial da internet, é meu querer apenas passar e partilhar com vós, leitores e leitoras, todos os meus pensamentos, cousas escritas por mim e outras poucas que por cá encontrei. 
                                                                                                      Espero que possam usufruir destes meus textos, e desejo-vos já de mais um Santo Domingo a todos.
                                                                                                      Beijo e Abraço, do vosso, novo e veiculado, companheiro.

                                                                                                    Sobre mim

                                                                                                                                      André Fonseca | 17 years old | Portugal