sábado, 27 de junho de 2015

Girassol de Hoje


    Hoje faz-se-me alegrar a alma
    não pelo feito que faz-se todos os feitos
    antes a crer nos olhares do querer como girassol.

    domingo, 14 de junho de 2015

    Cantigas de Irmão


      Por vezes, chego-me a pensar ... 
      Camões, grande poeta lusitano,
      escrevia sobre o heróico, o reino, a pátria. 
      E a mim ...
       que quanta pouca vontade me cabe 
      em cair caneta nesses cantares.
      Penso que é ... 
      por ser o pouco, o singelo rapaz do povo,
      é verdade. 

      Todavia ...
       cabe-me vontade maior em
      cantar os poucos como eu,
      pintar os pequenos achares da vida,
      fotografar os passos acostumados,
      proclamar, nem que valha só a mim, 
      as injustiças e os meus sentimentos,
      fazer da poesia a pureza,
      aprisionar o meu humano insensato
      e libertar em toda a parte 
      as débeis palavras das crianças
      e dos piedosos que nem esmola para minhas palavras,
      longe de mim ela, pois faço-o sem cota
      e faço-o ...
      porque sóis meus irmãos!

      quarta-feira, 10 de junho de 2015

      Suspiro de Amigo


        Como posso amar algo morto e que nunca toquei?

        Talvez ...
        pela primeira troca de olhares,
        pela fragilidade do corpo
        perante a dor que bate sem pedido,
        e, porque ...
        a pena do Porquê não basta.

        Talvez,
        pela meia vez que acreditamos,
         pela debilidade dos sentimentos
        perante a alegria que deixa,
        e, embora ...
        a nossa vontade, vai Embora. 

        Talvez ...
        pelo último suspiro doloroso,
        pelas vezes que rezamos
        perante o bicho que nos morre apesar,
        e, além disso ...
        o quedo Além que leva.

        domingo, 7 de junho de 2015

        No More War


          A GUERRA

          (0:13)
          Soam os tambores
          as pedras desenterram-se do solo
          a ver ao que tanto chega
          aquilo que ainda mal chegou ...

          (0:24)
          As lágrimas caem
          e as almas partem,
          os rios secam
          e o sangue agitado morre.

          (0:35) (apressa-se a melodia)
          Não deixa de me chocar ...
          ouvir a toda a hora falar de guerras,
          é daquelas poucas coisas
          que se ouve a todo o momento
          e a todo o momento me cansa.
          Como é possível tudo isso ainda existir?
          Há quem as ache de tempos passados,
          mas bem que 2003 ...
          oh 2003, quantas mataste?!

          (0:55) (apressa-se o ritmo)
          Quantas em nome da falsa paz daqueles que a declararam?!
          Não interessa saber de quem a culpa
          quem sabe ela não tem voz para o dizer,
          a voz está morta.
          Enrouquece-me a cada minuto,
          pois cessam muitas das vozes que me ajudariam.
          Parece-me apenas que toda a gente
          julga a guerra como algo mau,
          mas não a detêm,
          pois sentem-se sem meios
          para parar tais acontecimentos!
          É o típico erro do Homem!
          Acham todos que malham em ferro frio,
          mas eles não são senão o frio do ferro dos poucos que malham.

          (1:16) (melodia acalma)
          Eu nunca pensei que existisse a perfeição,
          mas, sabem ...
          afinal existe o erro perfeito em torno de armas, bombas e mortes.
          Tal como o infinito,
          a infinita dor dos meus irmãos e que por tudo isso me perece a alma.
          Falta de vontade, de força, de alegria.
          Falta de sermos nós o Outro!

          Eu, eu estou pronto para a brecha da luta,*
          pela paz, 
          de baralhar em palavras as cobertas dos adormecidos, 
          de lhes oferecer uma chave de braço,** 
          eu terço as armas, 
          não as minhas,
           tento as de todas as crianças inocentes. 
          É engraçado como nisto ninguém quer apanhar boleia!
          Será um carrosel avariado e sem fundo? 

          Eu não sei, 
          eu somente tenho fé e esperança, 
          alimentada pela vida e sorriso delas, 
          que tudo pode melhorar. 

          (1:58) (Muda a melodia, apressada)
          Tanto é o sangue
          que corre nos rios e pouco aquele
          que nos corre quente.
          Tantos são os confeitos
          que nem os rostos se conhecem de uma mãe
          que pedaços parecem pedras.
          Tantas são as máquinas estranhas dali
          que quase é tanto como o meu sonho
          que tanto parece exterior a este universo.

          (2:09)
          Eu tenho um nome para tudo isto, além de massacre, vingança, dispustas e mais lutas, é apenas o nome pelo qual mais rezo em todo o mundo, é o nome de cada criança inocente, das birras dos adultos, é a paz prezada por não sei quantos - ainda poucos - pensadores. Há quem se atreva a dizer – riso – que mataria todos aqueles soldados com uma só bofetada – riso – esses são – não querendo fazer crítica maliciosa – aqueles que ficam durante tardes sentados no sofá. Eu não deixo talvez de ser um desses do achonchego, eu apenas tento, e tento realmente agir, não em pensamentos nem em confusões, antes em palavras verdadeiramente proferidas.

          (2:39)
          Tudo o que vejo neste momento é o “Grito” de Munch. Manifesto-me cantando “Imagine” de Lennon, e mais do que isso quero fazer consciencializar. Eu questiono-me sempre ... não passo de um Homem.

          (2:50)
          Quem acha que a guerra
          se mata com mais guerra
          é pior do que quem a começa,
          se bem que ...
          pior do pior já nem eu sei o que é!
          Oh! Diariamente,
          vertem-se-me tantas lágrimas por quantas crianças mortas!

          (3:00)
          A inutilidade dos tempos fez tornarem-se virais
          acontecimentos como a cor de vestidos
          e esquisitices parvas de fantasmas.
          Os fantasmas são aqueles que
          nos rodeiam,
          nos veem,
          e que nós não olhamos;
          quanto aos vestidos,
          esses são da cor suja
          do chão atulhado de balas.
          E se essas balas dessem pão a quantos fiéis,
          o que seria da fome
          senão só a minha fome de espírito!
          Que sonho, dos mais sonhos, sem quantas palavras!
          E eu ... falo de crianças ...
          como se todos fossemos elas.
          Este seria um mundo de ventura!
          Cada guerra mata mil corpos
          Dos quais saem almas que colho.
          Espero ter em mim força das mil mortes de segundos.

          (3:42)
          Quebraram a máquina de escrever da vizinha
          que apenas redigia a carta de despedida ao filho que foi ao rio beber.
          Quebraram quadros para fingir não haver recordações da morte.
          Quebraram mulheres que em último viam os maridos matando-se a protegê-las.
          Violaram os direitos, e fizeram do seu “dever” o mais horrível do enlace do Inferno.

          (4:03)
          Quero nem que seja um renascimento em mim
          e dos poucos que me rodeiam,
          não vejo missão inicial além disso,
          tal como a flor nasce
          durante sóis e luas
          e a raiz cava fluidamente o solo do bom fruto.

          (4:24)
          As flores nestes instantes murcham,
          as árvores de sustento se deixam de sustentar,
          as folhas nem têm tempo de cair
          pois o tronco já caiu,
          a terra adubada de maldade
          acolhe agora os ossos partidos da iniquidade.***
          O vento limita-se a nem aparecer
          e a chuva perde tanta força que nem chora.
          E eu ... fico aqui ...
          tentando dar olhos a quem os não tem
          e sentindo o que em segundos estas vítimas não chegaram a sofrer,
          não arrependido,
          mas morto pela vida.

          segunda-feira, 18 de maio de 2015

          A Minha Cidade é uma Camponesa!


            A minha cidade é uma camponesa.

            Onde no dia, o sol se habita tarde,
            pois tarde chega aos altos ramos da colina,
            oh folhas caídas, como desejo subir neles!

            Aquele pequeno que há nela,
            aquele que beija o prado,
            aquele que corre tanto como o moinho,
            aquele que sente pelos bichos,
            aquele que tem ar em arcas,
            aquele que seria uma mariposa,
            aquele que vive dentro delas,
            aquele que busca pelo candil,
            Sou eu.

            sábado, 9 de maio de 2015

            Poemas por ler

              Há vários e imensos poemas, poemas daqueles que 'screvo para publicar, e não o faço, nem porque tenho receio que os leiam, pois poucos são os que vêem, apenas porque nem a mim se faz vontade de os ler, porque será?

              No Freedom


                I take it by your silence 
                That I'm free to walk out the door 
                By the look in your eyes I can tell 
                You don't think I'll be back for more 

                Try to think of a world 
                Where you could stay 
                And these safe hands could go 
                Take your heart above the water 
                Wherever I choose to go

                 No love without freedom
                No freedom without love

                - Miley Cyrus (Cover) | No Freedom -

                sexta-feira, 24 de abril de 2015

                À quoi ça sent les livres?


                  Les livres sont mirror de l'âme,
                  Soit de qui le écrit
                  Comme de personne lit qu'est
                  Pris par la brise du vent.

                  C'est qui nous embrasse 
                  Quand nous sommes seuls.

                  C'est qui bougie notre ment
                  Et nous conduit à visiter tout le monde.

                  domingo, 5 de abril de 2015

                  Folar da Páscoa do Avô


                    Sinto fome.
                    Na verdade ... não sei 
                    se sinto ou se tenho.
                    Apenas sei realmente 
                    que me padece a dor 
                    pela tua tamanha falta.
                    Como o tempo sempre passa corrido
                    e além disso rápido!
                    E por falar do Além ... 
                    onde a distância fez pior que calos
                    embutidos em eternas feridas.

                    Marquei este dia.
                    Na verdade ... não sei
                    memorizar datas.
                    Apenas sei realmente
                    que as memórias são inesquecíveis
                    pelo que a vida tem.
                    Como tu sempre ficaste comigo
                    e nunca me deixaste sozinho!
                    E por falar em ti comigo ...
                    onde ficaste fez melhor que mil sóis
                    enraizados no coração da terra.

                    Porque eu e tu ... somos
                    a Natureza, avô!

                    quarta-feira, 11 de março de 2015

                    Felizmente há o meu luar!

                      Gostava de ter vidros que ofuscassem a luz
                      Bem sabia que o sol cedo era apenas seco aprontado.
                      Do que não podemos ser mais fortes
                      Estejamos afastados pois é o que mais vale.

                      Gostava de poder viver o numeno,
                      Mas sempre descobro, logo que tento,
                      Que não há nada mais impossível senão isso.
                      Faço registo com um lápis que nunca escreve.

                      Vós! Porque não me deste, caneta?
                      Quero ser impermeável aos ventos, à tormenta
                      Ao sol que tanto engano dá.
                      Só me deste rios e olhos para que o sustentasse!

                      Não sei nada, eu sei, eu sei.
                      Gostava apenas - e sei o que a mim me tanto basta - de
                       Deixar estes meus ramos com fendas,
                      Deixar de construir fantasias que se demulam.

                      Porque só dais raios aos raios de Sol
                      E não raios a mim?
                      A gente há de partir ...
                      E quanto ao Sol, se ele se for?

                      terça-feira, 10 de março de 2015

                      Chamava-se algo como ...


                        As palavras me matam.
                        As palavras me consomem.
                        Simultaneamente elas me revelam
                        e me fazem crer dos outros
                        aquilo que nunca quis de mim ...

                        Se aquilo que tenho escrito
                         me mais carateriza que aquilo que sou
                        o que será aquilo que me acham?
                        Uma melodia suave como a que ouço?
                        As lágrimas que desde mágoa a saudade traz?

                        Sou simplesmente eu:
                        uma alma de meio de milhares
                        e isto porque gosto de acreditar em união.
                        Sou aquele que se ousa ofender
                        que vê, que ama, que prega, que sofre e reza.

                        Tic, tac, tic. Só.

                           
                            Por vezes, há a necessidade instantânea de pegar uma folha de papel e escrever.
                            Eu pego sempre numa caixa branca, onde aparece uma letra a cada vez que ponho-me a forçar a tecla para baixo, que volta a subir, e que eu volto a descer. Rotina da mais rotineira minha vida! 
                            Paradoxalmente, há algo que começa e não faz rotina, que apenas ... faz hábito. Por exemplo ... entrar nos olhos de uma flor ... saltarmos as suas pétalas ... escorregar pelo caule e pulá-lo? Pulá-lo já o era! Falta de asas da alma quando se cai em pés assentes em terra! Tão mais fria que cimos de montanhas em tempestades de inverno, sóis! 
                            As horas passam e sempre que planeamos uma outra atividade, foge-nos. Tudo o que pensamos fica na flor que nem sequer se consegue transformar em palavras que nem se ficam por dizer muito menos ditas. O paraíso da terra não é meu, mas sim de quem o joga. Gostava de nunca me querer lembrar, mas existe sempre uma noite depois de cada dia (ou talvez ao contrário, será que já nasci com a atormentação da noite?) que o faz por mim.
                            Tento abraçar a luz deste recente sol que chegou, adiantado! Está mesmo sobre minha cabeça, o meu rosto a sente, contudo em minhas mãos não tocam. Porquê? Gosto, gosto de escrever sem lógica se é isso que ousais pensar, ousadia da mais pura verdade vossa. Sou louco, louco ... apenas. Eu não consigo somente explicar se isto é errado, no entanto o tempo continua pois já passaram 3 minutos daqueles 13 passados. Estou só e mesmo só tenho algo que me coloca na terra. Como? Não me dizeis que é teoria daquele ou daquele! 
                            Espero a vida, a vida inteira e que me faça vencer ... aquela que nunca mais parece-me florescer e fazer velar. Eu fico rouco, já não consigo mais ouvir os gritos, aqueles que sim, são meus. Se me sentisse a morrer, me ajudaria?
                            Tic, tac, tic. Só.

                          sábado, 21 de fevereiro de 2015

                          #33 | 2015.02.02

                            #32 | 2015.02.01


                              ORPHEU | Janeiro–Fevereiro–Março de 1915 
                              O que é propriamente revista em sua essencia de vida e quotidiano, deixa-o de ser
                               - Luiz de Montalvôr

                              #31 | 2015.01.31

                                #30 | 2015.01.30


                                  Flores de Inverno são senão como os primeiros amores: 
                                  Florirão em árvores menos verdes, numa realidade 
                                  Que de tão pouco duradoura e certa é, 
                                  E, que enganado se eu estivesse, 
                                  Bem podeis rezar pela ofensa que prego, 
                                  Em vão, meu latim caía em caixão 
                                  E meu corpo riscado sem compaixão.

                                  #29 | 2015.01.29

                                    My cat-cow: Loki * Meu gato-vaca: Loki

                                    #28 | 2015.01.28


                                      Passa uma borboleta por diante de mim 
                                      E pela primeira vez no 
                                      Universo eu reparo 
                                      Que as borboletas não têm cor nem movimento, 
                                      Assim como as flores não têm perfume nem cor. 
                                      A cor é que tem cor nas asas da borboleta, 
                                      No movimento da borboleta o movimento é que se move, 
                                      O perfume é que tem perfume no perfume da flor. 
                                      A borboleta é apenas borboleta 
                                      E a flor é apenas flor. 
                                      - Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos" 

                                      #365drawings #poem #drawing #art #me #AlbertoCaeiro #FernandoPessoa

                                      #27 | 2015.01.27


                                        With your big eyes
                                         And your big lies 
                                         With your big eyes 
                                         And your big lies

                                         Is it me? Was I wrong to have trusted you 
                                         Did I see what I wanted? What wasn't true? 
                                        Was I wrong to go on like a little fool? 
                                        It's amazing what women in love will do. 

                                        Com os teus olhos grandes
                                         E as tuas grandes mentiras 
                                         Com os teus olhos grandes
                                         E as tuas grandes mentiras

                                         O problema sou eu? Errei ao confiar em ti? 
                                        Vi tudo aquilo que queria? O que não era verdade? 
                                         Errei por insistir como uma tola? 
                                        É incrível o que uma mulher apaixonada é capaz de fazer.

                                        - Lana Del Rey

                                        segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

                                        #26 | 2015.01.26

                                            Porque não falar de amor com o coração nas mãos? Falecerei mais que a dor? De verdade digo que não sei, se sou jovem, se sou perdido, se sou vazio, se sou alegre ou entristecido, se sou flor do cansaço do mundo, se sou de alma adormecida ou corpo esquecido. Não sei. 
                                            Só sinto bater-lhe o coração, zelo para que o dia amanheça e escrevo para que o meu regaço permaneça.

                                          domingo, 25 de janeiro de 2015

                                          #25 | 2015.01.25

                                            Ali passava com todas as horas, 
                                            do mundo, dentro de mim. 
                                            Sentia, defronte ao que a Igreja contava,
                                             tudo que mia alma já havia sido retratada. 
                                            Outrora o que fizera, 
                                            sobe na alma agora. 
                                            Aponta a meia para a uma 
                                            sob muitos ainda sem manjar. 
                                            Porquê que haveis de contar 
                                            cada instante de mim sem alertar? 
                                            Meia a mais adianto 
                                            e adianto mais a meia, 
                                            a meia hora da cheia desesperança 
                                            por aqueles que perecem 
                                            e mia uma tristeza.

                                            quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

                                            Dois anos juntos na desordem

                                                Quando um ano muda. 
                                                Quando o desastre se mantém. 
                                                Do que hás de tu pensar?
                                                Falho em ter rido das mulheres 
                                                que enquanto comiam, no ano novo 
                                                com fartura, proferiam que iniciariam 
                                                a dieta mais tarde.   
                                                Pois ... dessa mesma dieta delas 
                                              surge a minha semelhante vida, 
                                              não por gorduras a mais, 
                                              mas antes por menos alegria. 

                                                Quando tudo acontece 
                                              como um constante círculo viciante. 
                                              Quando tu choras e a tristeza 
                                              de tal tamanho te consome, 
                                              que no momento te sufoca 
                                              e depois torna-se uma droga, faz-te sentir 
                                              vazio, sem nada, nem mesmo na mente. 
                                              O que fazes?

                                                Oh! Se algo melhor que 
                                              as consequências das falsas promessas 
                                              de ano novo decidir entrar em mim
                                              que me entre, sem bater, 
                                              seja desrespeitador comigo, pois de respeito ...
                                              Oh respeito! 
                                              Onde te cabe em tanto ódio? 

                                                Que se faça sentir algum poder Vosso 
                                              da clemência minha, as preces de Camões 
                                              com falas sintéticas das virtudes portuguesas,
                                               em mim, por contrariedade, 
                                              cabe toda a humildade nossa, 
                                              sejais franco e me conteis do que tanto preguei o mal 
                                              para me merecer tamanha desordem. 

                                              Fazei-me ver algum caminho de verdade,
                                               se tal verdade existe realmente. 
                                              Peço-vos com lágrimas, 
                                              que me ajudeis, se tanta ajuda dão, a mim e a todos. 
                                              Todos que precisam dela. 
                                              Se algum dia precisardes de mim, 
                                              de mim se fará ouvir o maior grito do mundo
                                               já alguma vez cantado.
                                               Dai-me a primavera, a melodia 
                                              que me entre e rejuvenesça, 
                                              que se solte e faça pintar todas 
                                              as folhas das árvores coloridas do mundo.

                                              Ajudai-me, 
                                              sei que de possível, a vossa confusão 
                                              é tamanha e que, por isso, 
                                              se cabe tanta miséria minha em pedir-vos, 
                                              mas sabeis ...
                                              eu confio-vos a palavra.

                                              #22 | 2015.01.22

                                                https://www.youtube.com/watch?v=PDUHhAoYwOc 
                                                I don't want to rule the world
                                                 It's a change I'm here to see
                                                 I walk along on a lonely road 
                                                 Of many wonders to believe 
                                                 Shut your mouth 
                                                 Sip on that tea 
                                                Eu não quero governar o mundo
                                                 É uma mudança que eu estou aqui para ver 
                                                 Eu ando ao longo de uma estrada solitária
                                                 De muitas maravilhas para acreditar 
                                                Cale a sua boca 
                                                Beba o chá 
                                                - Lady Gaga

                                                quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

                                                segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

                                                sábado, 17 de janeiro de 2015

                                                #17 | 2015.01.17

                                                  Folha súbita de memórias que se, por vezes, nos vêm. 
                                                  Tombam como uma flor silenciosa que da ida de mil pétalas, torna-se flor sem fruto. 
                                                  Ai! Tão perdido eco!

                                                  sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

                                                  #16 | 2015.01.16

                                                    Livre não sou que nem a própria vida 
                                                    Mo consente. 
                                                    Mas a minha aguerrida 
                                                    Teimosia 
                                                    É quebrar dia a dia 
                                                    Um grilhão de corrente. 
                                                    Livre não sou, mas quero a liberdade. 
                                                    Trago-a dentro de mim como um destino. 
                                                    E vão lá desdizer que o sonho de menino 
                                                    Que se afogou e flutua 
                                                    Entre nenúfares de serenidade 
                                                    Depois da lua!" 
                                                    - Miguel Torga

                                                    quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

                                                    #15 | 2015.01.15

                                                      Sou aquele pelo qual a débil sombra de névoa viaja sempre num destino amargo, sisudo e pujante. Sou aquele que passa e paira no vento, que sussurra e mente ao tentar esquecer.

                                                      terça-feira, 13 de janeiro de 2015

                                                      #13 | 2015.01.13

                                                        Chove em pedaços os sentidos: 
                                                        Olho que perdi de ver, 
                                                        Nariz que deixei de ter. 
                                                        Quanta tanta estupificidade será por minha culpa? 
                                                        O céu chora pela alma viúva, do que não sabe meu sentimento.

                                                        segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

                                                        #12 | 2015.01.12

                                                          Sou somente o que anda perdido, 
                                                          O que não tem cara nem direção a norte, 
                                                          Irmão do vazio, desta sorte, 
                                                          Onde se sente e pensa ... sou dolorido.

                                                          domingo, 11 de janeiro de 2015

                                                          #11 | 2015.01.11

                                                            Representation of the First World permanent photograph by Nicephore Niepce in 1826 
                                                            Representação da primeira fotografia permanente do mundo feita por Nicéphore Niépce em 1826. 

                                                            sábado, 10 de janeiro de 2015

                                                            quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

                                                            quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

                                                            #7 | 2015.01.07

                                                              https://www.youtube.com/watch?v=G66ZNOp_BpY 
                                                              Put the radio on, (and take a breath) 
                                                              Put the radio on, ( come over here)
                                                               I don’t wanna know I’m wrong, 
                                                              I don’t wanna know
                                                               I’m wrong for you. 
                                                              Ligue o rádio, (e respire) 
                                                              Ligue o rádio, (venha aqui)
                                                               Eu não quero saber que estou errado, 
                                                              Eu não quero saber que estou errado para ti. 
                                                              - Lana Del Rey

                                                              terça-feira, 6 de janeiro de 2015

                                                              #6 | 2015.01.06

                                                                 
                                                                Os momentos de reflexão fazem querer que a cada dia tenhamos mais do que qualquer outro osso da mesma nossa pele conseguiu alcançar, mas que ainda assim se luta para conseguir!

                                                                segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

                                                                #5 | 2015.01.05

                                                                  Que as asas sejam a liberdade, 
                                                                  onde atingida na alta Glória, 
                                                                  voem e remem para a Vitória 
                                                                  e cessem toda a minha vulnerabilidade!

                                                                  domingo, 4 de janeiro de 2015

                                                                  #4 | 2015.01.04

                                                                    O meu olhar é de casca de carvalho alto. 
                                                                    Tenho costume assemelhado
                                                                     De observar quietado, 
                                                                    De a cada brisa sentir que me levam as folhas. 
                                                                    Quanta paixão semeio mais ainda que Caeiro! 
                                                                    Amo-A e por Ela crio a filosofia que vivo incessantemente, 
                                                                    Porque a Natureza jamais seria merecedora de mim inocente.

                                                                    Meu querido avô


                                                                        Apesar do dia estar quase a cessar, ainda se mantém hoje, dia três de Janeiro, dia em que sempre irás completar, no meu coração, o teu aniversário que celebra os teus oitenta e três anos.
                                                                        Recordo-te com os teus cabelos brancos, a tua sabedoria, as lenga-lengas que se sente falta de ouvir.   Tal é a forma maravilhosa como criaste, ao lado de uma ótima mulher, toda uma família. 
                                                                        Saudades de ti sentado no sofá, dos teus desesperos pela glória da tua idade, idade da glória! 
                                                                        Que bom ainda na imaginação poder-te ouvir, ver e sentir os teus belos apertos das mãos que semeiam continuamente o fruto da vida. 
                                                                        Em diferentes lugares, caminhamos juntos, a partir dos teus passos lentos, com ternura e com a esperança para que a tua obra continue a abençoar todas as nossas vidas e a felicidade não seja um mero numeno mas sim uma certeza presenciada no quotidiano de todos. 
                                                                        Feliz aniversário com muitos beijinhos e abraços do teu neto.

                                                                      sábado, 3 de janeiro de 2015

                                                                      #3 | 2015.01.03

                                                                        Fragmentação do Eu: 
                                                                        Da minimalista alma de agora 
                                                                        Caem débeis e levianas 
                                                                        As partes que voam de mágoa 
                                                                        Que me levam os ventos ... 
                                                                        As lágrimas descaídas em mar, 
                                                                        Os aromas esquecidos no pensamento, 
                                                                        Os ruídos que já não têm sentimento, 
                                                                        O sabor que se fez cessar.

                                                                        quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

                                                                        #1 | 2015-01-01

                                                                          I can fly 
                                                                          You had me caged up 
                                                                          Like a bird in mid-summer 
                                                                          You saw me waiting, 
                                                                          I was crazy 
                                                                          On fire, waiting to fly 
                                                                          I can fly! 

                                                                          Eu posso voar 
                                                                          Tu tinhas-me enjaulado 
                                                                          Como um pássaro em pleno verão 
                                                                          Tu me viste esperando, eu estava louca 
                                                                          Em chamas, esperando por voar 
                                                                          Eu posso voar! 

                                                                          - Lana Del Rey -