terça-feira, 10 de março de 2015

Tic, tac, tic. Só.

     
      Por vezes, há a necessidade instantânea de pegar uma folha de papel e escrever.
      Eu pego sempre numa caixa branca, onde aparece uma letra a cada vez que ponho-me a forçar a tecla para baixo, que volta a subir, e que eu volto a descer. Rotina da mais rotineira minha vida! 
      Paradoxalmente, há algo que começa e não faz rotina, que apenas ... faz hábito. Por exemplo ... entrar nos olhos de uma flor ... saltarmos as suas pétalas ... escorregar pelo caule e pulá-lo? Pulá-lo já o era! Falta de asas da alma quando se cai em pés assentes em terra! Tão mais fria que cimos de montanhas em tempestades de inverno, sóis! 
      As horas passam e sempre que planeamos uma outra atividade, foge-nos. Tudo o que pensamos fica na flor que nem sequer se consegue transformar em palavras que nem se ficam por dizer muito menos ditas. O paraíso da terra não é meu, mas sim de quem o joga. Gostava de nunca me querer lembrar, mas existe sempre uma noite depois de cada dia (ou talvez ao contrário, será que já nasci com a atormentação da noite?) que o faz por mim.
      Tento abraçar a luz deste recente sol que chegou, adiantado! Está mesmo sobre minha cabeça, o meu rosto a sente, contudo em minhas mãos não tocam. Porquê? Gosto, gosto de escrever sem lógica se é isso que ousais pensar, ousadia da mais pura verdade vossa. Sou louco, louco ... apenas. Eu não consigo somente explicar se isto é errado, no entanto o tempo continua pois já passaram 3 minutos daqueles 13 passados. Estou só e mesmo só tenho algo que me coloca na terra. Como? Não me dizeis que é teoria daquele ou daquele! 
      Espero a vida, a vida inteira e que me faça vencer ... aquela que nunca mais parece-me florescer e fazer velar. Eu fico rouco, já não consigo mais ouvir os gritos, aqueles que sim, são meus. Se me sentisse a morrer, me ajudaria?
      Tic, tac, tic. Só.

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