quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Desligado da mente! Ainda em semente!

    Sinto-me como se
    Ouvido ou lido
    Nunca tivesse sido
    Nem visto ou retido.

    Todo o nada nas mentes
    Incapazes de certa compreensão
    Ou antes, poderosas forças
    de estupidificação.

    Essas que deixaram a força,
    Filtraram-na
    Pela luz que apenas ilumina o céu
    E a alma vagueia.

    Como se a noite amanha-se
    E o sol anoitece-se o céu que se estrela.

    quinta-feira, 11 de setembro de 2014

    Amor na água, na terra, no céu!


      Acende-se um dia e apresenta-se num nós, mais uma nova viagem, um novo, mas rotineiro, querer velar contigo, porque te quero, quero-te como um beijo de hoje eterno pelas letras, pelas vírgulas, pelos pontos, pelas palavras, pelos atos e pela alma, como um abraço que tem hoje por mensagens, como um coabitar do dia na essência de cada um, querer por querer é amar!
      Amar nem sei de onde, de como, de quando, mas de porquê. Sei que apenas tão intimamente a tua mão no meu peito é a minha mão, sei também que quando adormeço os teus olhos fecham-se, sei também por exemplo que me lês e agora imaginas que te falo ao ouvido, sei que lês não com a tua voz, mas da minha, porque simplesmente nós amamos!
      Amamos também aqueles dezoito anos daquela idade tão-somente estonteante, onde tudo e todos anseiam chegar e alcançar, viver e amar, mas sim porque nós sempre queremos.
      Amo-te da forma que a mim mais me diz, como este barco de duas mãos que se agita entre ondas e bonanças.
      Amo-te como aquelas árvores velhas pelo tempo, os ramos a crescerem muito tenramente, a madeira viva, a seiva, onde na terra faz todo o sentido em se amar, pois que as árvores assim são feitas ou assim do qual lhe vivem as raízes, corpo e alma!
      Amo-te ainda do motivo do ar, daqueles belos pássaros que voam em alcance do alto, que sentem o vento, a bravura, o amor pela liberdade da liberdade de amar.
      Amo-te nestes três espaços de um tempo infinitamente vão. O navegar no mar, do andar no chão, com o velar pelo vento. Água, terra, ar. Ascensão! Ascensão nisso e nisto que profiro, e por mais do que isto, tu estás aí e eu, aqui, também estou aí. Existimos no mesmo local sem esforço, somos o pássaro no mar do peixe capaz do céu! Somos a versatilidade de um só mundo, aquilo que somos é aquilo também que se amálgama.
      Tu és a síntese complexa do que sei sobre a ternura, somos o de quando não estavas cá e eu não estava lá que mesmo assim em instante nos encontrámos.
      Questiono só mais o gesto singelo de te escrever, tentar só não deixar fugir as imensas palavras que te tinha para redigir, questiono ainda mais altamente se será necessário um total para um todo amar de nós? Eu sei de firme que entendes o que não sei dizer e é com essa certeza, feita de vento, terra e água, que eu e tu somos… e ainda mais!

       Escuta, ouve e vigia. Amor. Parabéns. Amor.

      Nota: The idea of the drawing belongs to Boris Schmitz. I did an adaptation of the original design. Thank you!

      terça-feira, 9 de setembro de 2014

      Misturar contigo ou desembrulhar só?


        Junto trapos com bugalhos
        Objetos ou tecidos 
        Mar com areia
        Amar e músicas de chorar

        Misturo contigo, vivo e habito!

        Almejo almas e vivo esperanças
        Momentos e pesadelos
        Alegrias com tristezas
        Amar com o desenterrar do odiar

        Desembrulho sozinho, morro e sepulto!

        Maldade e bondade
        Coelho com tartaruga
        Secar as flores e regar clamores
        Semear esperança com amar na relembrança.

        Colocamos juntos, vivemos e eterniza-mo-nos!