Tudo o que vivo e que me oiço
Fica pelas derramadas de seu tempo
Ficando e ficou datado como louco
A par da infelicidade a sempre meu detento
O nojo que se me fica
E as sementes que não se querem lavrar
No local que minha alma se aloja
N'aquele pendor a quem é clamar
Mar salgado que não se adoça
Olhos sem se quererem cessar
O adiar sobe o adia
Do que era para terminar
A flor que não nasce na pedra
O livro que estória não tem acabar
O tunel sombrio que estático se fica
O Ilídio que não tem horas de apressar
A flor que não nasce na pedra
O livro que estória não tem acabar
O tunel sombrio que estático se fica
O Ilídio que não tem horas de apressar
A luz fechada que não se abre
O viver de que não é querer morrer
Vontades e pensamentos entre
É tudo o que se me finita a escrever.
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