Quantas em nome da falsa
paz daqueles que a declararam?!
Não interessa saber de
quem a culpa
quem sabe ela não tem
voz para o dizer,
a voz está morta.
Enrouquece-me a cada
minuto,
pois cessam muitas das
vozes que me ajudariam.
Parece-me apenas que
toda a gente
julga a guerra como algo
mau,
mas não a detêm,
pois sentem-se sem meios
para parar tais
acontecimentos!
É o típico erro do
Homem!
Acham todos que malham
em ferro frio,
mas eles não são senão o
frio do ferro dos poucos que malham.
(1:16) (melodia acalma)
Eu nunca pensei que
existisse a perfeição,
mas, sabem ...
afinal existe o erro
perfeito em torno de armas, bombas e mortes.
Tal como o infinito,
a infinita dor dos meus
irmãos e que por tudo isso me perece a alma.
Falta de vontade, de
força, de alegria.
Falta de sermos nós o
Outro!
Eu, eu estou pronto para
a brecha da luta,* pela paz, de baralhar em palavras as cobertas dos adormecidos, de lhes oferecer uma chave de braço,** eu terço as armas, não as minhas, tento as de todas as crianças inocentes. É engraçado como nisto ninguém quer apanhar boleia! Será um carrosel avariado e sem fundo? Eu não sei, eu somente tenho fé e esperança, alimentada pela vida e sorriso delas, que tudo pode melhorar. (1:58) (Muda a melodia, apressada)
Tanto é o sangue
que corre nos rios e
pouco aquele
que nos corre quente.
Tantos são os confeitos
que nem os rostos se
conhecem de uma mãe
que pedaços parecem
pedras.
Tantas são as máquinas
estranhas dali
que quase é tanto como o
meu sonho
que tanto parece
exterior a este universo.
(2:09)
Eu tenho um nome para
tudo isto, além de massacre, vingança, dispustas e mais lutas, é apenas o nome
pelo qual mais rezo em todo o mundo, é o nome de cada criança inocente, das
birras dos adultos, é a paz prezada por não sei quantos - ainda poucos -
pensadores. Há quem se atreva a dizer – riso – que mataria todos aqueles
soldados com uma só bofetada – riso – esses são – não querendo fazer crítica
maliciosa – aqueles que ficam durante tardes sentados no sofá. Eu não deixo
talvez de ser um desses do achonchego, eu apenas tento, e tento realmente agir,
não em pensamentos nem em confusões, antes em palavras verdadeiramente
proferidas.
(2:39)
Tudo o que vejo neste
momento é o “Grito” de Munch. Manifesto-me cantando “Imagine” de
Lennon, e mais do que isso quero fazer consciencializar. Eu questiono-me sempre
... não passo de um Homem.
(2:50)
Quem acha que a guerra
se mata com mais guerra
é pior do que quem a
começa,
se bem que ...
pior do pior já nem eu
sei o que é!
Oh! Diariamente,
vertem-se-me tantas
lágrimas por quantas crianças mortas!
(3:00)
A inutilidade dos tempos
fez tornarem-se virais
acontecimentos como a
cor de vestidos
e esquisitices parvas de
fantasmas.
Os fantasmas são aqueles
que
nos rodeiam,
nos veem,
e que nós não olhamos;
quanto aos vestidos,
esses são da cor suja
do chão atulhado de
balas.
E se essas balas dessem
pão a quantos fiéis,
o que seria da fome
senão só a minha fome de
espírito!
Que sonho, dos mais
sonhos, sem quantas palavras!
E eu ... falo de
crianças ...
como se todos fossemos
elas.
Este seria um mundo de
ventura!
Cada guerra mata mil
corpos
Dos quais saem almas que
colho.
Espero ter em mim força
das mil mortes de segundos.
(3:42)
Quebraram a máquina de
escrever da vizinha
que apenas redigia a
carta de despedida ao filho que foi ao rio beber.
Quebraram quadros para
fingir não haver recordações da morte.
Quebraram mulheres que
em último viam os maridos matando-se a protegê-las.
Violaram
os direitos, e fizeram do seu “dever” o mais horrível do enlace do Inferno.
(4:03)
Quero nem que seja um
renascimento em mim
e dos poucos que me
rodeiam,
não vejo missão inicial
além disso,
tal como a flor nasce
durante sóis e luas
e a raiz cava
fluidamente o solo do bom fruto.
(4:24)
As
flores nestes instantes murcham,
as
árvores de sustento se deixam de sustentar,
as
folhas nem têm tempo de cair
pois
o tronco já caiu,
a
terra adubada de maldade
acolhe
agora os ossos partidos da iniquidade.***
O
vento limita-se a nem aparecer
e
a chuva perde tanta força que nem chora.
E
eu ... fico aqui ...
tentando
dar olhos a quem os não tem
e
sentindo o que em segundos estas vítimas não chegaram a sofrer,
Há vários e imensos poemas, poemas daqueles que 'screvo para publicar, e não o faço, nem porque tenho receio que os leiam, pois poucos são os que vêem, apenas porque nem a mim se faz vontade de os ler, porque será?
Por vezes, há a necessidade instantânea de pegar uma folha de papel e escrever.
Eu pego sempre numa caixa branca, onde aparece uma letra a cada vez que ponho-me a forçar a tecla para baixo, que volta a subir, e que eu volto a descer. Rotina da mais rotineira minha vida!
Paradoxalmente, há algo que começa e não faz rotina, que apenas ... faz hábito. Por exemplo ... entrar nos olhos de uma flor ... saltarmos as suas pétalas ... escorregar pelo caule e pulá-lo? Pulá-lo já o era! Falta de asas da alma quando se cai em pés assentes em terra! Tão mais fria que cimos de montanhas em tempestades de inverno, sóis!
As horas passam e sempre que planeamos uma outra atividade, foge-nos. Tudo o que pensamos fica na flor que nem sequer se consegue transformar em palavras que nem se ficam por dizer muito menos ditas. O paraíso da terra não é meu, mas sim de quem o joga. Gostava de nunca me querer lembrar, mas existe sempre uma noite depois de cada dia (ou talvez ao contrário, será que já nasci com a atormentação da noite?) que o faz por mim.
Tento abraçar a luz deste recente sol que chegou, adiantado! Está mesmo sobre minha cabeça, o meu rosto a sente, contudo em minhas mãos não tocam. Porquê? Gosto, gosto de escrever sem lógica se é isso que ousais pensar, ousadia da mais pura verdade vossa. Sou louco, louco ... apenas. Eu não consigo somente explicar se isto é errado, no entanto o tempo continua pois já passaram 3 minutos daqueles 13 passados. Estou só e mesmo só tenho algo que me coloca na terra. Como? Não me dizeis que é teoria daquele ou daquele!
Espero a vida, a vida inteira e que me faça vencer ... aquela que nunca mais parece-me florescer e fazer velar. Eu fico rouco, já não consigo mais ouvir os gritos, aqueles que sim, são meus. Se me sentisse a morrer, me ajudaria?