quinta-feira, 24 de julho de 2014

O dito por dizer das palavras por viver

    Tudo o que vivo e que me oiço
    Fica pelas derramadas de seu tempo
    Ficando e ficou datado como louco
    A par da infelicidade a sempre meu detento

    O nojo que se me fica
    E as sementes que não se querem lavrar
    No local que minha alma se aloja
    N'aquele pendor a quem é clamar

    Mar salgado que não se adoça
    Olhos sem se quererem cessar
    O adiar sobe o adia
    Do que era para terminar

    A flor que não nasce na pedra
    O livro que estória não tem acabar
    O tunel sombrio que estático se fica
    O Ilídio que não tem horas de apressar

    A luz fechada que não se abre
    O viver de que não é querer morrer
    Vontades e pensamentos entre
    É tudo o que se me finita a escrever.

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