quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Dois anos juntos na desordem

      Quando um ano muda. 
      Quando o desastre se mantém. 
      Do que hás de tu pensar?
      Falho em ter rido das mulheres 
      que enquanto comiam, no ano novo 
      com fartura, proferiam que iniciariam 
      a dieta mais tarde.   
      Pois ... dessa mesma dieta delas 
    surge a minha semelhante vida, 
    não por gorduras a mais, 
    mas antes por menos alegria. 

      Quando tudo acontece 
    como um constante círculo viciante. 
    Quando tu choras e a tristeza 
    de tal tamanho te consome, 
    que no momento te sufoca 
    e depois torna-se uma droga, faz-te sentir 
    vazio, sem nada, nem mesmo na mente. 
    O que fazes?

      Oh! Se algo melhor que 
    as consequências das falsas promessas 
    de ano novo decidir entrar em mim
    que me entre, sem bater, 
    seja desrespeitador comigo, pois de respeito ...
    Oh respeito! 
    Onde te cabe em tanto ódio? 

      Que se faça sentir algum poder Vosso 
    da clemência minha, as preces de Camões 
    com falas sintéticas das virtudes portuguesas,
     em mim, por contrariedade, 
    cabe toda a humildade nossa, 
    sejais franco e me conteis do que tanto preguei o mal 
    para me merecer tamanha desordem. 

    Fazei-me ver algum caminho de verdade,
     se tal verdade existe realmente. 
    Peço-vos com lágrimas, 
    que me ajudeis, se tanta ajuda dão, a mim e a todos. 
    Todos que precisam dela. 
    Se algum dia precisardes de mim, 
    de mim se fará ouvir o maior grito do mundo
     já alguma vez cantado.
     Dai-me a primavera, a melodia 
    que me entre e rejuvenesça, 
    que se solte e faça pintar todas 
    as folhas das árvores coloridas do mundo.

    Ajudai-me, 
    sei que de possível, a vossa confusão 
    é tamanha e que, por isso, 
    se cabe tanta miséria minha em pedir-vos, 
    mas sabeis ...
    eu confio-vos a palavra.

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