domingo, 2 de novembro de 2014

Naufrágio pelo velar


    Barco naufragado
    porque te levaste avante?

    Ó mar salgado, que raio abraçado
    em morte e escuridão fora doravante?

    Não colheis o fruto que erra
    Em alto mar, mas bóia.
    Não feito da pedra que afundeis,
    Pássaro antes que voa e pousa.

    A um infinito céu, defronte,
    Navega a solidão
    E como o fim do horizonte
    Fosse o princípio de emancipação.

    Com ou sem remos
    Razão a que chamais errar
    Não me erre em pensar
    Nem me falhe, mas Deus ...

    Sem ou com cascos
    Perdão sem partir de quem chamo enganar
    Que o que se me habita entristece
    Digo antes que me fortalece.

    De naufrágio que já de meio,
    fora rejuvenescido.

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