quarta-feira, 11 de março de 2015

Felizmente há o meu luar!

    Gostava de ter vidros que ofuscassem a luz
    Bem sabia que o sol cedo era apenas seco aprontado.
    Do que não podemos ser mais fortes
    Estejamos afastados pois é o que mais vale.

    Gostava de poder viver o numeno,
    Mas sempre descobro, logo que tento,
    Que não há nada mais impossível senão isso.
    Faço registo com um lápis que nunca escreve.

    Vós! Porque não me deste, caneta?
    Quero ser impermeável aos ventos, à tormenta
    Ao sol que tanto engano dá.
    Só me deste rios e olhos para que o sustentasse!

    Não sei nada, eu sei, eu sei.
    Gostava apenas - e sei o que a mim me tanto basta - de
     Deixar estes meus ramos com fendas,
    Deixar de construir fantasias que se demulam.

    Porque só dais raios aos raios de Sol
    E não raios a mim?
    A gente há de partir ...
    E quanto ao Sol, se ele se for?

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