sábado, 5 de abril de 2014

O Primaveril Repouso

     

    É
    Na penumbra do Sol
    Pelo circundante das cravinas
    No pousar do pássaro 
    Pela minha leve e doce mão
    Na bela infinita aragem
    Pela soturnidade do exímio espaço
    É 
    Que eu mal me abraço
    Numa vigorosa aterragem
    Que eu ganho uma tal afeição
    Numa estória como Ícaro
    Que o espírito adormece sobrotinas
    Numa tal cidade de só girassol
    É
    Com um pequeno e fino anzol
    Onde o prego se fica às clementinas
    Com um bugalho vasto e raro
    Onde se vive como ninfa de Aragão
    Com as vestes repletas de coragem
    Onde se ficam pela Natureza em pedaço
    É
    Quando o belo amasso de argaço
    Se me faz a boa parte de clonagem
    Quando a maresia está em adversão
    Se me corre a ti a alma como amparo
    Quando tu me cobres de cetinas
    Se me eu vejo o tal farol (de Sol)
    É.

    Nota: É de salientar:
    Esquema rimático: ABCDEF FEDCBA ABCDEF FEDCBA
    Aliteração: N, P, Q, C, O, S
    Fotografia: Própria autoria
    Revelo que poder-se-á ler o poema numa bela leitura de quadras emparelhadas, como aparece de seguida:

    É
    Na penumbra do Sol
    Numa tal cidade de só girassol
    Com um pequeno e fino anzol
    Se me eu vejo o tal farol (de Sol)
    É
    Pelo circundante das cravinas
    Que o espírito adormece sobrotinas
    Onde o prego se fica às clementinas
    Quando tu me cobres de cetinas
    É
    No pousar do pássaro
    Numa estória como Ícaro
    Com um bugalho vasto e raro
    Se me corre a ti a alma como amparo
    É
    Pela minha leve e doce mão
    Que eu ganho uma tal afeição
    Onde se vive como ninfa de Aragão
    Quando a maresia está em adversão
    É
    Na bela infinita aragem
    Numa vigorosa aterragem
    Com as vestes repletas de coragem
    Se me faz a boa parte de clonagem
    É
    Pela soturnidade do exímio espaço
    Que eu mal me abraço
    Onde se ficam pela Natureza em pedaço
    Quando o belo amasso de argaço
    É.

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